Porto Alegre, 11 de julho de 2025 – O agronegócio brasileiro exportou US$ 82 bilhões noprimeiro semestre de 2025, mantendo-se praticamente estável em relação ao mesmo período do anoanterior (-0,2%). Mesmo diante da queda nos preços internacionais, o setor sustentou suarelevância na balança comercial, respondendo por 49,5% de tudo o que o país exportou no período.
Em junho, as exportações somaram US$ 14,6 bilhões, influenciadas por um cenário de retraçãonos preços globais. O índice de alimentos do Banco Mundial, por exemplo, recuou 7,3% em relaçãoa junho de 2024. Ainda assim, o Brasil manteve-se competitivo, com uma pauta diversificada epresença consolidada entre os principais fornecedores mundiais de alimentos.
Entre os destaques do mês estão produtos como celulose (com recorde de volume exportado), suco delaranja, farelo de soja, algodão, óleo de amendoim, ovos, gelatinas, pimenta-do-reino moída echocolates com cacau). A variedade da pauta reflete um esforço estratégico de ampliação demercados promovido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Reconhecimento internacional reforça imagem do Brasil como fornecedor confiável
Outro marco do semestre foi o reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa semvacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A certificação foientregue em junho, durante cerimônia em Paris, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula daSilva e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Em nota, o Ministério da Agricultura destacou que a conquista é resultado de décadas deinvestimentos em vigilância sanitária, cooperação entre os estados e parceria com o setorprodutivo. O novo status sanitário abre caminho para a ampliação do acesso a mercados de maiorvalor agregado e reforça a imagem do Brasil como fornecedor confiável de alimentos seguros e dequalidade no cenário internacional.
Mais destinos, mais oportunidades
A China manteve-se como principal destino das exportações agropecuárias brasileiras em junho, comUS$ 5,88 bilhões em compras, o equivalente a 40,3% da pauta do mês. União Europeia (US$ 1,9bilhão) e Estados Unidos (US$ 1,04 bilhão) vieram na sequência. Também houve crescimento nosembarques para Japão, Vietnã, Tailândia e Indonésia, sinalizando o avanço do Brasil em mercadosmenos tradicionais, mas com grande potencial.
Ainda segundo o Mapa, a atuação estratégica da pasta busca valorizar produtores de todos osportes, ampliar mercados, garantir sanidade e agregar valor à produção nacional. O desempenho doprimeiro semestre reafirma a importância do agro como motor da economia brasileira e pilar dapresença do país no comércio internacional.
As informações partem da assessoria de imprensa do Mapa.
Fabio Rubenich – fabio@safras.com.br (Safras News)
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