Futuro opera em queda após decisão do Copom e mantém cautela com tarifas de Trump

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São Paulo, 31 de julho de 2025 – O Ibovespa futuro opera em queda reagindo ao tom mais duro doComitê de Política Monetária (Copom), que manteve inalterada a taxa básica de juros (Selic) em15%, mas não descartou elevar os juros se for necessário. Somado a isso, os investidores mantêmcautela com as tarifas de Trump, após o alívio de ontem, e digere balanços e indicadores.

Nos Estados Unidos, a inflação PCE subiu 0,3% em junho em termos mensais, e ficou dentro doesperado, a em base anual subiu 2,6% contra expectativa de 2,5%. A renda pessoal do americano subiu0,3% em junho, contra previsão de

Às 09h40 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto caía 0,99%, aos133.210 pontos. Os futuros americanos operavam em alta e as bolsas europeias mistas. Na Ásia, osíndices fecharam majoritariamente no negativo.

Jason Vieira, economista-chefe da Lev Asset Management, informou em boletim matinal que astarifas seguem no radar e absorvem as decisões do Copom mais dura.

O Banco Central mantém a Selic em 15% e reforça tom duro. No comunicado informou que acompanhaas tarifas dos EUA e não descarta alta caso necessário, embora barreira para novo aperto sejaelevada. O Copom destacou resiliência do mercado de trabalho. As exceções na tarifa de 50% deTrump, implementadas ontem via ordem executiva, com vigência em sete dias, aliviaram ativos locais.No âmbito internacional, as negociações comerciais seguem no radar e Trump alerta Canadá sobrereconhecimento do Estado palestino, podendo dificultar acordo comercial. Trump também comemoroupacto com Coreia do Sul com tarifa de 15%. O Banco do Japão manteve sua política monetáriainalterada, destacando a necessidade de cautela devido à persistente incerteza sobre o cenárioinflacionário. A decisão do BoJ reflete preocupação com a sustentabilidade da recuperaçãoeconômica e a volatilidade do Yen. As commodities caem. O petróleo recua e EUA ameaçam punirIndia por compras de petróleo russo e intensificam repressão ao Irã e o minério de ferro caiapós atividade industrial fraca na China. No cobre, isenção surpresa de tarifas por Trump gerachoque nas negociações”.

Na política, Vieira destaca a pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, que “mostra aprovação de Lula em50,2% e desaprovação em 49,7% (levemente melhor que há duas semanas). O levantamento ouviu 7.334pessoas entre 25 e 28 de julho, margem de erro +/- 1pp. Lula se reúne hoje com ministros do STFMotta diz que Brasil não aceita sanção de países a membros de Poderes, e Vieira reforça a Rubioque Brasil rejeita ingerência; indústria de máquinas fica fora das isenções”.

Segundo relatório matinal da Ativa Investimentos, “na agenda norte-americana teremos o PCE. NoBrasil, o Copom manteve a Selic em 15% ontem, além de Donald Trump oficializou as tarifas de 50%sobre o Brasil, porém, com algumas exceções. Após o pregão, teremos os balanços corporativosdo setor de mineração e siderurgia, como Vale, Gerdau, Metalúrgica Gerdau, CSN e CSNMineração”.

Em relação à decisão do Copom, Sara Paixão, Analista de Macroeconomia da InvestSmart XP,disse que “o comunicado manteve um tom duro em relação a taxa de juros, postura esperada docomitê em um momento de incerteza como o atual. Com isso, espera-se que o Copom mantenha um patamarde juros elevado por um tempo prolongado. O comitê ressaltou a incerteza no cenário internacional,em especial os efeitos da guerra tarifária para economia brasileira”.

Soraia Budaibes – soraia.budaibes@cma.com.br (Safras News)

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