[AGÊNCIA DC NEWS]. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostra que o número de vagas formais ainda segue positivo, mas está menor tanto em relação a junho quanto em relação a julho do ano passado, o que pode demonstrar arrefecimento do mercado. Houve 2,251 milhões de admissões no Brasil em julho deste ano e 2,121 milhões de desligamentos, gerando um saldo líquido de 130 mil contratações – em junho esse mesmo saldo foi de 162 mil e em julho do ano passado, de 192 mil vagas. Do total de novas vagas, 389,5 mil (17,7%) foram criadas na Região Metropolitana de São Paulo, ao passo que 367,7 mil pessoas que perderam seus empregos, ou seja, um resultado superavitário de 21,8 mil postos de trabalho. Isso significa 16,8% do total no país. A Grande São Paulo concentra aproximadamente 10% da população brasileira.
Segundo o Ministério do Trabalho, o estado de São Paulo como um todo teve um saldo positivo de 43 mil novos postos de trabalho no período. É a unidade da federação que tem o maior saldo de vagas do país. O crescimento foi de 0,29% em julho, 2,73% no acumulado do ano e 2,82% no acumulado de 12 meses. O mercado de trabalho paulista representava 33% do total de vagas com carteira assinada do país em julho. Ao longo dos primeiros sete meses do ano, foram criadas mais de 390 mil vagas de emprego com carteira assinada, o equivalente a duas mil por dia.
Na ocasião de lançamento dos dados, na última quarta-feira (27), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou ser imperativa a “redução de juros para a atividade econômica se manter”, disse. De acordo com ele, a questão envolvendo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e o tarifaço é uma questão a ser enfrentada, e está sendo enfrentada, “mas o problema dos juros também precisa ser enfrentado”.
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Considerando os números de todo o país, o setor que mais contratou foi o de Serviços, responsável por 1,1 milhão de admissões, seguido por Comércio (526,9 mil) e Indústria (353,5 mil). A maior parte dos contratados eram homens (1,3 milhão), tinham ensino médio completo (1,4 milhão) e idades de 18 a 24 anos (635,3 mil). Em termos de salário, a média no estado de São Paulo é a maior do país, de R$ 2.591,74, seguido por Santa Catarina (R$ 2.323,74), Distrito Federal (R$ 2.295,07) e Rio de Janeiro (R$ 2.273,68). O salário de admissão de São Paulo é 14% maior do que no Brasil como um todo (R$ 2.277,51).
TRABALHO TEMPORÁRIO – A gerente da consultoria Employer Recursos Humanos, Francine Amadeu, destaca que o Brasil registrou 82,6 mil contratações na modalidade de trabalho temporário em julho. No Estado de São Paulo, foram 59,4 mil contratações temporárias. Segundo a especialista, o trabalho temporário é um instrumento de contratação rápida e flexível em momentos de alta demanda, como as safras agrícolas ou produções sazonais da indústria de confecção. “Além disso, representa uma solução estratégica em períodos de incerteza econômica e pode ser utilizado para substituir colaboradores em férias, licença-maternidade ou outras ausências”, disse.
Em contratos temporários, o trabalhador também tem assinatura na carteira e direitos assegurados, como pagamento de hora extra, descanso semanal, 13° e férias proporcionais. Ele recebe 8% de FGTS e contribuição à aposentadoria. Na legislação, o temporário pode ser contratado por até 180 dias, com a possibilidade de prorrogar o contrato por mais 90 dias e eventualmente ser efetivado.