Varejo gera melhor saldo de empregos em São Paulo desde fevereiro, com 2,4 mil vagas em julho

Uma image de notas de 20 reais
Setor supermecadista foi um dos destaques na criação de vagas em julho no cidade de São Paulo
(Luiz Carlos Murauskas/Folhapress)
  • Indicador de julho é similar aos números dos últimos dois anos, com retração de 4,5% ante o saldo de 2,5 mil vagas em julho de 2024
  • Foram 31,2 mil admissões contra 28,8 mil demissões, um saldo de 2,4 mil empregos gerados no período
Por Bruno Cirillo Compartilhe: Ícone Facebook Ícone X Ícone Linkedin Ícone Whatsapp Ícone Telegram

[AGÊNCIA DC NEWS]. Levantamento do Sindilojas-SP, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), indica que o varejo da cidade de São Paulo, em julho, teve o melhor desempenho na criação de vagas de trabalho desde fevereiro. Foram 31,2 mil admissões contra 28,8 mil demissões, um saldo de 2,4 mil empregos gerados no período. Realizada mensalmente, a Pesquisa de Emprego do Varejo Paulistano (PEVP) revela que o setor acumula 607 mil vínculos ativos na capital paulista, completando quatro meses seguidos de resultados positivos.

O indicador de julho, no entanto,é menor que o verificado nos últimos dois anos. Ante ao mesmo período de 2024 houve retração de 4,5%, quando o saldo de 2,5 mil vagas criadas. Em 2023, no mesmo mês, houve a criação de 2,4 mil vagas de carteira assinada. No acumulado de janeiro a julho deste ano, o varejo abriu 5,1 mil vagas celetistas, o melhor resultado para o período desde 2021. “O resultado de julho mostra a força do varejo em sustentar empregos e renda em São Paulo”, disse o presidente do Sindilojas-SP, Aldo Macri. De acordo com ele, mesmo diante de juros elevados, endividamento e inadimplência das famílias, o setor tem se mantido como um dos pilares do mercado de trabalho da capital, “principalmente ao oferecer oportunidades em segmentos de mercadorias essenciais.”

Lideraram a criação de vagas em julho os minimercados, mercearias e armazéns, com um saldo de 431 postos de trabalho. Na sequência aparem o setor de supermercados (+344); hipermercados (+ 293), artigos de vestuário e acessórios (+277) e lojas de variedades (+180). Na outra ponta, os setores de combustíveis (-79 vagas), equipamentos de informática (-61), materiais de construção (-43), vidros (-42) e materiais de construção segmentados (-25) foram os destaques negativos do mês de julho. Ao todo 23 dos 75 setores pesquisaram tiveram mais demissões que admissões em julho.

Escolhas do Editor

No acumulado do ano, os segmentos de vestuário e calçados tiveram retração 1,7 mil e 696 vagas, respectivamente. Do total de segmentos que compõem o comércio varejista. Para Macri, a heterogeneidade dos resultados mostra que o varejo responde de forma diferente conforme o perfil de consumo. “Enquanto os itens essenciais seguem em expansão, outros segmentos ainda enfrentam um ritmo lento de recuperação”, afirmou. A expectativa do executivo é que haja retomada mais consistente a partir do último trimestre do ano, quando são abertas vagas temporárias em função de eventos como Black Friday e Natal.

Voltar ao topo