Lojas Mel acelera plano de expansão em shopping center e projeta chegar a 100 unidades até 2030

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Rede tem 53 lojas no Estado de São Paulo, entre elas, a unidade na Boa Vista, no Centro da capital
(Andre Lessa / Agência DC News)
  • Rede familiar, com 50 lojas, pretende fechar 2025 com 59 pontos de venda e aposta em shopping center para a expansão acelerada
  • Marca investe em tecnologia, integração omnichannel e experiência de compra como diferenciais para sustentar projeto robusto de expansão
Por Nathália Lino

[AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DC NEWS]
A Lojas Mel avança em uma estratégia de ganho de escala e amplia atuação em grandes centros urbanos. A rede de varejo híbrido, nascida em Minas Gerais e com 53 das suas 54 lojas instaladas em São Paulo, reforça o plano de expansão dentro de shopping centers: a nova unidade no Shopping Boulevard Tatuapé marca a aposta em pontos de alto fluxo e maior visibilidade. O cronograma prevê a abertura de novas unidades para chegar a 59 lojas até o fim de 2025 e manter ritmo de crescimento nos próximos anos, rumo ao objetivo de alcançar 100 pontos de venda até 2030. O movimento combina oferta ampla – mais de 12 mil itens – com preços competitivos e integração entre físico e digital, fatores essenciais para um consumidor mais informado e exigente. “Nosso público busca produtos que entreguem valor real, não apenas preço”, afirmou o CEO Pedro Cruz à AGÊNCIA DC NEWS.

A expansão em grandes centros tem nos shoppings uma peça-chave da estratégia. A inauguração no Boulevard Tatuapé, a mais recente da rede, reforça o papel desses ambientes como hubs de visibilidade e experiência, especialmente em regiões de elevado fluxo e forte competição por atenção. “São espaços que concentram públicos diversos e garantem conforto e segurança ao consumidor”, disse o CEO Pedro Cruz. Em praças como o Tatuapé, onde o adensamento urbano impulsiona a circulação constante, a aposta é atrair novos clientes por conveniência e descoberta. Em setembro, a empresa também investiu R$ 500 mil reinauguração da unidade do Shopping Campo Limpo. O espaço foi, segundo Cruz, totalmente reformulado, dobrou a área de vendas e agora soma 650 metros quadrados.  Embora o varejo físico enfrente concorrência crescente do digital, que os shoppings seguem relevante para aproximar marca e consumidor, ao mesmo tempo em que funciona como porta de entrada para o ecossistema omnichannel da Lojas Mel.

Além da expansão territorial, a Lojas Mel se apoia na integração entre canais para sustentar o crescimento. O modelo omnichannel, que articula loja física, comércio eletrônico e atendimento por WhatsApp, tem o objetivo de reduzir atritos e tornar a compra mais fluida. Hoje, as vendas digitais representam cerca de 5% do faturamento, mas a projeção é de aumento com a ampliação de serviços como retirada expressa e entregas em até duas horas –recursos de conveniência valorizados pelo consumidor conectado. A estratégia busca equilibrar o atendimento humanizado do varejo tradicional com agilidade operacional e análise de dados, fatores decisivos para elevar recorrência de compra e tornar a marca mais competitiva em mercados onde o comportamento é volátil e sensível ao preço.

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O avanço da rede ocorre em um momento de acomodação do varejo nacional. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, as vendas do comércio varejista variaram +0,2% em agosto frente a julho, enquanto o acumulado em 12 meses até agosto avançou 2,2%. No segmento “Tecidos, vestuário e calçados”, conectado à atuação da rede, o desempenho foi de +4,5% em 12 meses. Apesar das oscilações e do consumo mais seletivo, a Lojas Mel tem mantido trajetória de expansão ao combinar eficiência operacional e atenção às mudanças de comportamento. “Buscamos minimizar os impactos do contexto econômico para garantir que o cliente continue encontrando peças acessíveis”, afirmou Pedro Cruz.

A estratégia da Lojas Mel inclui ampliar o sortimento para responder a um consumidor mais racional nas escolhas. O portfólio reúne mais de 12 mil itens, incluindo moda, utilidades domésticas e categorias sazonais, o que permite adaptar rapidamente a oferta conforme demanda e preços. A proposta é combinar giro de produto com competitividade, mantendo variedade capaz de atender diferentes faixas de renda dentro da mesma loja. Em mercados onde a sensibilidade ao preço é maior, a empresa vem ajustando compras e logística para conter repasses ao consumidor. Esse equilíbrio entre amplitude e custo é visto pela rede como diferencial para sustentar o crescimento em regiões metropolitanas, onde o público compara alternativas e migra com facilidade entre marcas e canais.

A expansão acelerada é sustentada por uma estrutura de gestão que preserva características do negócio familiar que deu origem à marca. Para a empresa, essa base garante decisões mais próximas do consumidor e permite ajustes rápidos diante de mudanças no ambiente competitivo. A chegada a São Paulo, diz Pedro Cruz, simboliza a consolidação dessa cultura em um mercado mais exigente e de maior escala. O aniversário da rede, celebrado na data da inauguração do Boulevard Tatuapé, reforça a transição para uma fase em que governança e investimento caminham juntos. “A empresa nasceu de um empreendimento familiar, e essa essência fortalece nossas escolhas e sustenta o crescimento de forma consistente”, afirma.

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