Alagoas dá primeira licença para estocagem de gás natural do país

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O IMA (Instituto do Meio Ambiente) de Alagoas anunciou nesta terça-feira (15) a concessão de licença ambiental prévia para projeto de estocagem de gás natural da Origem Energia, investimento de US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão) com previsão de início de operações em 2028.

É a primeira licença no país para esse tipo de projeto, considerado importante para regular o fornecimento do combustível, que costuma ser mais demandado em períodos de seca nas hidrelétricas, e contribuir com a segurança energética.

“O objetivo é tornar Alagoas a grande bateria do sistema elétrico brasileiro”, disse o CEO da Origem Energia, Luiz Felipe Coutinho, em evento realizado pela empresa em Maceió, onde a empresa tem concessões para a produção de gás.

A companhia anunciou ainda que pretende investir US$ 500 milhões (R$ 2,75 bilhões) em térmicas no estado, mas esse aporte depende de sucesso no leilão de capacidade de reserva de energia planejado pelo governo federal.

A estocagem de gás natural é comum na Europa mas ainda não é regulamentada no Brasil. Geralmente é feita em reservatórios de petróleo já ao fim da vida útil, o que é o caso do projeto da Origem Energia. O gás é injetado nesses reservatórios para ser retirado quando for necessário acionar térmicas.

Atualmente, grande parte do gás produzido no Brasil é associado ao petróleo em alto mar e, por isso, tem que ser produzido de forma contínua. A fatia da produção que não é trazida ao continente acaba sendo reinjetada nos poços, sem chance de nova extração.

A expectativa do setor é que projetos desse tipo contribuam para baratear o preço do gás no Brasil, já que contribuem ao incentivar o aumento da oferta e por reduzir os riscos tanto de produtores quanto de compradores do combustível.

Uma das novas petroleiras independentes brasileiras, a Origem assumiu em 2022 a operação de um polo de produção de petróleo e gás natural em Alagoas comprado da Petrobras. Desde então, quintuplicou a produção local, que chegou a 15 mil barris de óleo equivalente (somado ao gás).

A empresa tem ainda concessões para a produção de petróleo e gás na Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte, além de 18 blocos exploratórios localizados nas Bacias Sergipe-Alagoas e Tucano Sul.

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