Alckmin recebe big techs em reunião sobre tarifaço com participação de representante dos EUA

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) recebeu nesta terça-feira (29) demandas de grandes empresas de tecnologia na segunda reunião com o setor desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a aplicação de uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

“Nós estamos propondo uma mesa de trabalho, onde a gente vai verificar as pautas deles: um, ambiente regulatório, dois, inovação tecnológica, três, oportunidade econômica e quatro, segurança jurídica”, afirmou Alckmin.

Além de representantes de Meta, Google, Amazon, Apple, Visa e Expedia e de membros de outros órgãos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também participou por videoconferência um representante do governo americano, a pedido do secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick.

Alckmin é o principal articulador do Brasil nas tratativas com o governo americano e tem dialogado com Lutnick. Na conversa do dia 19, o vice-presidente disse ter reiterado a disposição do governo brasileiro em negociar.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o governo negocia a exclusão de alguns itens do tarifaço de Donald Trump, como alimentos e aeronaves fabricadas pela Embraer. Nesta terça, Lutnick afirmou que produtos que não são produzidos internamente pelos EUA podem receber uma tarifa zero, mencionando manga, cacau, café e abacaxi.

“Estamos trabalhando para que a diminuição das tarifas seja para todos. Não tem justificativa ter uma alíquota de 50% para um país que é um grande comprador”, disse Alckmin.

Mais cedo, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou que espera nesta semana um sinal de maior disposição dos EUA para negociar com o Brasil a respeito das tarifas.

“O presidente Alckmin tem feito um esforço monumental de conversar com a sua contraparte. Ontem mesmo houve uma conversa mais longa, a terceira e mais longa conversa que tiveram”, afirmou.

Mas o chefe da equipe econômica ponderou que não sabe se as conversas poderão acontecer a tempo de impedir a entrada em vigor da tarifa de 50%. Para ele, no entanto, o prazo de 1º de agosto não deve ser tratado como um ponto de tensão definitivo.

“Não estou muito fixado na data, porque se nós ficarmos apreensivos com ela, nós podemos inibir que a conversa transcorra com mais liberdade, com mais sinceridade entre os dois países”, disse.

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