Alckmin reforça medidas para ampliar investimentos estrangeiros e promover exportações nos estados

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São Paulo, 24 de novembro de 2025 – Após reunião com secretários estaduais de Desenvolvimento nasegunda-feira (24), no Palácio do Planalto, o presidente da República em exercício, GeraldoAlckmin, detalhou, em entrevista coletiva, as medidas apresentadas pelo Governo do Brasil paraalavancar investimentos estrangeiros. O encontro foi organizado com o objetivo de promover ocomércio exterior nos estados.

A Janela Única de Investimentos deve reduzir em R$ 50 bilhões o Custo Brasil. Você vai ter numajanela só todas as informações, simplificação, desburocratização, redução de custos. Osestados serão incluídos. Será feito um monitoramento de investimentos com total transparência ebusca de eficiência para a gente otimizar ao máximo e atrair investimentos para o Brasil, destacouAlckmin.

O Custo Brasil é formado por uma série de custos de produção, que tornam difícil oudesvantajoso para o exportador brasileiro colocar seus produtos no mercado internacional ou tornaminviável ao produtor nacional competir com os produtos importados.

A ferramenta Janela Única de Investimentos terá seu primeiro módulo lançado em fevereiro de2026. Outra plataforma desenvolvida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio eServiços (MDIC) para promover mais integração dos entes federativos na área de investimentos éo Monitor de Investimentos, que já está em operação.

PLANOS Na reunião, foram apresentados os Planos de Promoção da Cultura Exportadora jáelaborados para sete estados Pará, Pernambuco, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Amapá eEspírito Santo , dentro da Política Nacional da Cultura Exportadora.

Nós queremos envolver os estados e municípios. Hoje, não apenas vieram os secretários de estado,veio também o prefeito de Petrolina [Simão Durando], representando a Frente Nacional de Prefeitos,que também é importante para atrair investimentos e para fortalecer exportações. Veio até paraagradecer, porque a área de frutas saiu do tarifaço, declarou Alckmin.

TARIFAÇO O presidente em exercício apresentou aos participantes da reunião um resumo do últimoavanço do país em relação ao tarifaço imposto pelo governo norte-americano sobre produtosbrasileiros. Nós tiramos 11% da exportação brasileira do tarifaço. São 238 produtos que saíramdo tarifaço, ressaltou.

FINANCIAMENTO Outro assunto abordado durante o encontro foi o status de projetos já iniciados coma linha de financiamento de R$ 11 bilhões lançada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID) no começo deste ano, voltadas para Investimentos, Comércio Exterior, DesenvolvimentoRegional Sustentável, Infraestrutura Logística e Inovação. Dois estados já assinaram ofinanciamento: Paraná e Tocantins. E temos mais outros tantos já na linha para poderem ter ofinanciamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento, afirmou Alckmin.

RECORDE DE EXPORTAÇÃO Na entrevista após o encontro, Alckmin enfatizou o recorde no volume deexportação do país. Nesse mês de outubro, o crescimento da exportação foi de 9,1% a mais. Dejaneiro a outubro, nós já estamos com 1,9% a mais. Já exportamos US$ 289,7 bilhões este ano,disse. Os principais destinos das exportações brasileiras neste ano foram China, Canadá,Argentina e União Europeia.

IED Dados do Banco Central mostram a expansão das exportações e dos investimentos estrangeirosdiretos (IED) no Brasil nos últimos anos. Em 2024, o IED foi de US$ 71,1 bilhões, resultado 13,8%superior a 2023. Em 2025, o acumulado de janeiro a setembro já soma US$ 63,3 bi.

ACORDOS COMERCIAIS Ainda em conversa com os jornalistas, Alckmin relembrou que o Mercosul, blocoeconômico do qual o Brasil faz parte, ficou mais de uma década sem fazer nenhum novo acordocomercial. Esse cenário foi alterado a partir de 2023. Foi feito em 2023, o acordoMercosul-Singapura. Este ano, Mercosul-EFTA são os quatro países de maior renda per capita:Noruega, Suíça, Liechtenstein e Islândia. E no dia 20 de dezembro, o presidente Lula jáanunciou: Mercosul-UE. É o maior acordo. Nós estamos falando de mais de 700 milhões de pessoas,22 trilhões de dólares, nesse acordo entre a União Europeia, com 27 países, e o Mercosul, quevai para o quinto país, com a entrada da Bolívia, relatou.

As informações partem do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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