Anthropic lança IA e diz que modelo é o melhor para engenharia de software

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Anthropic anunciou nesta segunda-feira (24) o lançamento de seu novo modelo de inteligência artificial, o Claude Opus 4.5. Segundo testes feitos pela empresa, o modelo obteve os melhores resultados em engenharia da computação.

A IA completou 80,9% da prova SWE Bench (software engineering benchmark), desenvolvida pela concorrente OpenAI para medir a habilidade dos grandes modelos de linguagem com programação. O ranking de performance, liderado por Claude Opus 4.5, lista, em ordem, GPT-5.1-Codex-Max (uma versão do ChatGPT especializada em computação), com 77,9%, Sonnet (77,2%), GPT-5.1 (76,3%) e Gemini 3 Pro do Google (76,2%).

O Claude 4.5 Opus está disponível para os assinantes da Anthropic. O plano mais barato custa R$ 92 ao mês. Programadores podem usar o modelo em um contrato sob demanda, com custo variável.

As plataformas voltadas para auxiliar engenheiros de software Windsurf e GitHub dizem que o grande avanço do novo modelo é em eficiência.

De acordo com o chefe de produto do GitHub, Mario Rodriguez, o Claude Opus 4.5 superou testes de programação enquanto diminuiu o uso de recursos computacionais pela metade. O GitHub, uma empresa da Microsoft, tinha um contrato de exclusividade com a OpenAI, encerrado em outubro do ano passado. O motivo disso foi a adição do Claude à plataforma.

Para Jeff Wang, CEO da Windsurf, os modelos Opus da Anthropic sempre foram o parâmetro de excelência, mas, até hoje, estavam a um preço proibitivo. O novo modelo da Anthropic, diz ele, passou a ser a melhor escolha para a maioria das tarefas.

O setor de inteligência artificial considera a performance em computação estratégica porque os programadores estão entre os principais consumidores pagantes dos modelos de inteligência artificial. É um dos grupos que lucra com as ferramentas automatizando tarefas.

Além disso, relatórios prognósticos dos próximos pontos de desenvolvimento de IA apontam a criação de um robô superprogramador como um passo essencial para avançar. É o caso de estudos da futurista Amy Webb e do site AI 2027 que cita o risco de extinção pela tecnologia.

A OpenAI também investe pesado no segmento. No último dia 19, a empresa apresentou o GPT-5.1-Codex-Max, sob a promessa de errar e gastar menos. Quando se programa com IA, cada deslize no código exige um novo pedido à máquina e, consequentemente, gasto de mais recursos.

Durante o lançamento do recente Gemini 3 Pro, o Google destacou a plataforma de desenvolvimento Antigravity, cuja promessa é transformar a IA em um “parceiro de programação ativo”.

Nos últimos meses, essas empresas passaram a divulgar, em seus eventos, o vibe coding, uma tática de programação de software com base em comandos de texto corrido. Nos ciclos de IA, se diz que a técnica pode permitir o surgimento de um unicórnio de uma pessoa só no futuro próximo.

RAIO-X ANTHROPIC

– Fundação: janeiro de 2021

– Valor de mercado: US$ 350 bilhões (R$ 1,888 trilhão), na última rodada de investimentos feita em novembro

– Lucro líquido no último trimestre: Não divulgado (a empresa é fechada)

– Funcionários: Menos de 1.000, de acordo com o LinkedIn

– Área de atuação: Inteligência artificial generativa

– Concorrentes: OpenAI, Mistral, Deepseek e Google

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