Apagão de energia na Grande São Paulo suga R$ 52 milhões do comércio, segundo ACSP

Uma image de notas de 20 reais
Restaurante Bella Napoli, na rua Oscar Freire, nos Jardins, às escuras
(Rafaela Araújo/Folhapress)
  • Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP: “O impacto se dá, principalmente, pela redução das compras imediatas e aquisições por impulso"
  • No Aeroporto de Congonhas, ventos chegam a 96,3 km/h, afetando mais de 100 voos. Na quinta-feira, 1,5 milhão de imóveis seguem sem energia

[AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DC NEWS]
O comércio da Grande São Paulo pode ter deixado de faturar até R$ 51,7 milhões devido à falta de energia registrada na quarta-feira (10), quando fortes ventos atingiram a capital e municípios da região metropolitana. A estimativa é do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP). Rajadas acima de 90 km/h são consideradas muito fortes, podendo provocar quedas de árvores, danos em edificações e dificultar a movimentação de pessoas e carros – no Aeroporto de Congonhas os ventos chegaram a 96,3 km/h, afetando mais de 100 voos. Na Lapa, Zona Oeste, chegaram a 98 km/h. Cerca de 2 milhões de imóveis ficaram sem energia.

Na quinta-feira (11) pela manhã, a Grande São Paulo seguia com quase 1,5 milhão de imóveis sem energia – dois terços deles na capital. As informações são da Enel, concessionária que atende a capital e outras 23 cidades da região metropolitana. Segundo o UOL, a Enel informou que Ipiranga e Campo Limpo (Zona Sul), Mooca e Vila Prudente (Zona Leste) e o Centro eram os bairros com mais imóveis sem energia na quinta-feira pela manhã. Na Zona Oeste, pontos tradicionais de bares e restaurantes informavam aos clientes, via Instagram, que estariam fechados pela falta de energia elétrica. Segundo o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, os prejuízos são difíceis de mensurar porque os efeitos dos ventos fortes não foram homogêneos na capital, e várias regiões ainda não tiveram o restabelecimento completo da energia. “O impacto se dá, principalmente, pela redução das compras imediatas e das aquisições por impulso”, disse. A estimativa de prejuízo deita pela ACSP se dá por comparação com o mesmo período de tempo de anos anteriores em situações normais.

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