São Paulo, 9 de janeiro de 2025 – As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros(DIs) caem em função dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) que ainda reagem à atahawkish do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), divulgada na tarde deontem.
Na leitura do consultor consultor econômico da plataforma Remessa Online, André Galhardo, omovimento moderado do mercado doméstico se deu por conta da ausência de referênciasinternacionais, já que a Bolsa de Nova York não abriu devido ao luto pelo funeral do ex-presidentedos EUA Jimmy Carter. “Essa situação gerou um contexto de menor volume de negócios e poucasdiretrizes para os ativos locais, incluindo as taxas DI.”, explica.
A repercussão da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mexeu com osTreasuries, que puxaram as taxas DI. Galhardo diz que “o documento reafirma a expectativa dedesaceleração da inflação nos Estados Unidos, levando os dirigentes do Federal Reserve (Fed) aindicar a possibilidade de cortes nas taxas de juros. Inicialmente, especulava-se uma redução de 1ponto percentual, mas as projeções agora convergem para um corte mais contido, de 0,5 pontopercentual.”
O especialista arremata que a combinação de uma agenda econômica doméstica pouco expressiva comdestaque apenas para os dados de vendas no varejo, em linha com as expectativas e a influência dasexpectativas geradas pela ata do Fomc, resultou em um ajuste das taxas DI.
“Em resumo, trata-se de um mercado em compasso de espera, ecoando as indicações de um ambientemonetário mais brando nos EUA e ajustando as expectativas conforme os dados disponíveis”, concluio economista.
Para a Nova Futura, a ata é consistente com uma pausa nos cortes de juros. “Em nosso cenário oscortes de juros só voltarão no 2S25, de forma que antecipamos dois cortes de 0,25% nas reuniõesde outubro e novembro.”
Ainda segundo Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura, as declarações de Powell [JeromePowell, presidente do Fed] na entrevista coletiva, denotam que apesar do corte de 0,25%, chegou omomento de o comitê ser mais gradualista na condução da política monetária, devido à piora nainflação, o aumento dos riscos inflacionários e as elevadas incertezas em torno dos efeitos daspolíticas da nova administração.
Por volta das 13h (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,915% de15,365% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 15,255%, de 15,330, o DIpara janeiro de 2028 ia a 15,195%, de 15,095%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 15,085% de15,235% na mesma comparação. O dólar opera em queda, cotado a R$ 6,0686 para venda.
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