Bolsa fecha em queda com pressão de Vale em meio à alta das varejistas em sessão parada

Uma image de notas de 20 reais

Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

São Paulo, 22 de janeiro de 2025 – A Bolsa fechou em queda pressionada pelas ações da Vale(VALE3) em um pregão marcado por calmaria em dia de ausência de indicadores relevantes.

O Indice operou toda a sessão perto da estabilidade e não conseguiu se manter no patamar dos123 mil pontos. As varejistas subiram e os bancos tiveram desempenho misto.

O destaque positivo ficou para CVC (CVCB3), que subiu %. Entre as varejistas, Magazine Luiza(MGLU3) avançou 3,40%. Os bancos tiveram movimentos mistos. O Banco do Brasil (BBAS3) e BTGPactual(BPAC11) registraram ganho de 1,83 e 1,61%, enquanto Bradesco (BBDC3 e BBDC4) recuava 1,11% e 1,37%.

A Vale (VALE3) caiu 2,51% refletindo a possibilidade dos EUA sobretaxar a China. Ambev (ABVE3)perdeu 2,04%. Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) baixaram 1,60% e 1,80%.

O principal índice da B3 caiu 0,29%, aos 122.971,77 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento emfevereiro recuou 0,33%, aos 124.705 pontos. O giro financeiro foi de R$ 19,1 bilhões. Em Nova York,os índices fecharam no positivo.

Anderson Miranda, head de distribuição da W1 Capital, disse que “o Ibovespa tem uma levíssimaqueda, está quase no zero a zero. A Vale, uma das maiores posições da B3, pesa um pouco por contado minério de ferro na China”.

Alison Correia, analista de investimentos e sócio-fundador da Top Gain e da Dom Investimentos,disse que o Ibovespa opera de lado.

“O índice está trabalhando perto do zero a zero; esse movimento foi visto durante o dia tododevido à falta de dados econômicos, tanto aqui como lá fora. Os papéis de bancos, como Banco doBrasil e BTG Pactual, sobem. O varejo está subindo bastante, como Magazine Luiza, além dasempresas de aviação. Na ponta negativa, temos Bradesco, Ambev e Vale. Suzano e Klabin sofrem porconta da forte queda do dólar. No momento, temos mais calma em relação ao Trump, o que faz osmercados também terem mais tranquilidade”.

Correia ressaltou que “o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem sinalizado que vaitarifar a China em 10%, talvez isso comece em fevereiro, o que tem atingido as commodities.Imagina-se que o minério tende a pesar por conta desse fator, e isso já está impactando a Vale”.

Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que a bolsaestá laterizada em um dia sem nenhuma notícia para impulsionar o índice e fica de olho noexterior.

“A percepção é que o mercado em geral não sabe o que vai acontecer [se referindo ao novomandato do Trump], não tem nenhum drive. Por enquanto não teve nenhuma medida por parte do Trumpcontra o Brasil em termos tarifários. Se especula uma tributação de 5% [para produtos exportadospara os EUA], mas não acredito que o Brasil seja o foco dos deles porque a gente exporta maismatéria-prima, e com esse objetivo de fomentar a indústria, vão depender disso. Vão buscartributar mais bens acabados que têm valor agregado. O positivo no curto prazo é que o dólaracalmou, e se os DIs cederem mais pode beneficiar a Bolsa. Mas o fiscal vai voltar para a pauta emalgum momento”.

Lourenço ressaltou que “o Ibovespa tem subido devagarzinho à espera por um trigger. Temos deacompanhar a trajetória do dólar, a queda reduz a pressão inflacionária”.

Soraia Budaibes – soraia.budaibes@cma.com.br (Safras News)

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