São Paulo, 28 de julho de 2025 – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vem a públicoreiterar sua posição sobre a provável implantação do expressivo e injustificável aumento dastarifas americanas sobre as exportações brasileiras. “Já nos manifestamos, realizamos diversastratativas e reivindicamos a revogação e até mesmo a prorrogação por 90 dias do chamadotarifaço. Também pedimos que a recente investigação aberta pelo EUA seguisse o processo formal”,diz Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“Como é de pleno conhecimento de todos os brasileiros e americanos, não existe qualquerjustificativa econômica/comercial para o Brasil ter saído de uma posição do piso de 10% para umainexequível posição de teto de 50%”, prossegue Alban, em nota.
“Queremos acreditar que tal situação não se deva única e exclusivamente a uma escalada deposições políticas e geopolíticas! O que, certamente, seria inaceitável para não só àsrelações comerciais, bem como para toda a sociedade brasileira e americana. É imperativo refletirsobre possíveis equívocos de natureza política/ideológica que tenham agravado a presentesituação”.
“O Brasil precisa priorizar seus reais interesses, em nome do bem comum de todos e da verdadeirasoberania de qualquer nação: o que realmente importa é o que traz benefícios e entregas para seupovo!
Vamos olhar objetivamente para frente e termos os recentes equívocos como um grande aprendizadopara enfrentar os futuros desafios. Temos observado referências de outros países que,definitivamente, estão negociando e buscando bons termos independentemente de posiçõesideológicas e geopolíticas.
Vamos focar em clarificar os entendimentos que levam a posições políticas exacerbadas. Devemosser pragmáticos nas discussões meramente técnicas como temos visto por parte de outros países emdesenvolvimento. Devemos manter uma das maiores conquistas do Brasil, de ser uma nação com boarelação internacional com todos (friendly). Enfim, acreditamos que se mantivermos uma posição defocar em esclarecer e desmistificar os equívocos, não perderemos qualquer conceito de soberania.
Sim, devemos buscar não perder a razão e manter a nítida e clara postura de enfrentar os desafiosde forma retilínea e com altivez de quem, efetivamente, quer o melhor para a sua sociedade. Mesmotendo que enfrentar situações adversas e ou provocativas. Afinal, o equilíbrio e o bom-sensosempre prevalecem.
Somos, definitivamente, contrários a qualquer escalonamento das discussões do comércio bilateralentre o Brasil e os EUA, assim como nos colocamos a inteira disposição para os pertinentesalinhamentos necessários ao processo de negociação, inclusive para o atual processo dainvestigação da Seção 301 aberta pelos EUA. O Brasil é da nação brasileira, composta portodos brasileiros e suas instituições. Esperamos o consenso e o bom-senso para o desfecho desseequívoco que é taxação de 50% sobre as exportações brasileiras”.
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