Conversion mapeia quais setores estão em alta nas buscas digitais. Má notícia: de 18 categorias, apenas 4 crescem

Uma image de notas de 20 reais
Comércio de flores foi um dos destaques nas vendas online
(Danilo Verpa/Folhapress)
  • Há pouco mais de um ano no Brasil, a Temu passou a liderar o Top 10 de maiores e-commerces do Brasil, com 409,7 milhões de acessos
  • Para a consultoria, alta dos importados leva empresas nacionais a "reavaliar estratégias de precificação"
Por Anna Scudeller Compartilhe: Ícone Facebook Ícone X Ícone Linkedin Ícone Whatsapp Ícone Telegram

[AGÊNCIA DC NEWS]. O mais recente Relatório Setores do E-commerce no Brasil – realizado pela consultoria Conversion em agosto com dados de julho deste ano –expôs um terrível paradoxo para as varejistas: o quanto o universo digital é uma necessidade para o crescimento, mas igualmente não é uma certeza de crescimento. Das 18 categorias avaliadas na pesquisa, somente quatro (Importados, Presentes&Flores, Marketplace e Esportes) apresentaram crescimento nos acessos nos últimos 13 meses. A busca por esses segmentos, contudo, não significa que as vendas acompanharam o ritmo, mas que os consumidores se moveram para pesquisas nessas áreas. O estudo utiliza dados do SimilarWeb e referem-se a acessos no Brasil, a partir de dispositivos mobile, desktop e aplicativos Android.

Considerando uma base 100 de buscas em julho de 2024, Importados tiveram uma expressiva elevação de 131% nas procuras digitais por parte dos consumidores. Depois vêm as categorias Presentes&Flores (+26%), Marketplaces (+4%) e Esportes (+3%). As demais 14 mostraram queda no interesse, pelo menos em relação a buscas. O expressivo aumento na procura por Importados foi suficiente para fazer a chinesa Temu ultrapassar o Mercado Livre e assumir a liderança do ranking entre as plataformas. O Top 10 em julho traz a Temu com 409,7 milhões de visitas. Na sequência aparecem Mercado Livre (2º: 393,3 milhões), Shopee (3º: 286,0 milhões), Amazon (4º: 209,2 milhões), Shein (5º: 110,5 milhões), OLX (6º: 105,7 milhões), Samsung (7º: 93,9 milhões), iFood (7º: 70,7 milhões), Magalu (9º: 67,0 milhões) e AliExpress (10º: 59,6 milhões).

Em termos de dispositivos, as buscas pelo celular em julho superam as feitas por desktops e aplicativos somadas. Foram 57,5% do total por mobile, contra 21,5% por apps e 21,0% nos desktops. Na divisão por segmentos, a procura varia de acordo com cada setor. O Top 3 de share com os consumidores usando celular traz Infantil (86,3%), Presentes & Flores (83,3%) e Joias & Relógios (79,6%). Ou seja, de cada dez buscas nessas categorias, pelo menos oito se deram pelos celulares. Na ponta oposta, a categoria com menor índice de buscas no mobile é Educação, Livros e Papelaria (36,6%). Já por meio de apps, as três categorias mais bem posicionadas são Comidas & Bebidas (41,6%), Marketplaces (29,0%) e Pets (24,8%). No fim da fila estão três segmentos, todos apresentaram traço nos acessos por apps: Infantil, Itens Automotivos e Presentes & Flores. Por fim, quando a busca é feita por desktops, as três melhores em share são Educação, Livros e Papelaria (57,4%), Ferramentas & Acessórios (37,5%) e Itens Automotivos (35,4%). Na ponta oposta, Importados (7,1%). Ler esse tipo de indicador ajuda o varejista a dirigir seus esforços de marketing por tipo de device (a relação completa segue no fim deste texto).   

Escolhas do Editor

As 14 categorias que tiveram procura menor em julho deste ano em relação a julho do ano passado – sempre considerando a base 100 para julho de 2024 – são Infantil (-25%), Educação, Livros e Papelaria (-24%), Ferramentas & Acessórios (-19%), Casa & Móveis (-15%), Itens Automotivos (-13%), Eletrônicos & Eletrodomésticos (-12%), Pets (-9%), Calçados (-8%), Turismo (-8%), Farmácia & Saúde (-7%), Moda & Acessórios (-6%), Joias & Relógios (-5%), Comidas & Bebidas (-4%) e Cosméticos (-2).

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