Costa Rica é mais novo país de renda alta da América Latina

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Costa Rica entrou oficialmente para a lista dos países desenvolvidos, anunciou no início do mês o Banco Mundial. A organização internacional atualizou sua avaliação econômica de países para o próximo ano, e o país latino foi o último a ser promovido para o mais alto nível.

POR QUE A COSTA RICA FOI PROMOVIDA?

O país latino demonstrou crescimento econômico consistente e forte nos últimos anos, apontou o Banco Mundial. A economia costa-riquenha teve um crescimento médio anual de 4,7% nos últimos três anos. Em 2024, este índice foi de 4,3% devido a uma demanda comercial interna forte, baseada no consumo particular e em investimentos, que elevaram seu status.

Um costa-riquenho tem renda média anual superior a US$ 13.935 (R$ 77.920). É semelhante à renda de outros países desenvolvidos como Reino Unido ou França. Já os brasileiros se encaixam no patamar abaixo, com um residente ganhando, em média, entre US$ 4.496 (R$ 25.140) a US$ 13.395 (R$ 77.920) ao ano.

Brasil ocupa a categoria de “renda média-alta” desde 2006. De 2002 a 2005, o país ocupava a categoria de renda média-baixa, depois de uma performance bem-sucedida nos anos 1990 que o colocava no mesmo patamar atual. Desde 1987, quando os primeiros dados foram coletados, o Brasil nunca ocupou o mais alto patamar, destinado aos países desenvolvidos cujos residentes têm alta renda.

Outros dois países também saltaram para uma categoria superior em 2024. Tanto Cabo Verde quanto Samoa passaram da categoria de renda média-baixa para a de renda média-alta. Já a Namíbia caiu do patamar de renda média-alta para o de renda média-baixa.

O QUE SIGNIFICA SER UM PAÍS DE ALTA RENDA?

Banco Mundial realiza este cálculo com base na renda nacional bruta per capita do ano anterior. A instituição calcula quando cada residente ganhou no ano anterior em dólares americanos. Ela então classifica os países, com bases nestes valores, em quatro categorias: baixa renda, renda média-baixa, renda média-alta e alta renda.

Classificação de renda reflete o nível de desenvolvimento de um país, segundo o Banco Mundial. O indicador também aponta o potencial que uma nação tem de influenciar sua própria trajetória de desenvolvimento e, por isso, acaba pesando na hora de avaliar a aprovação de empréstimos e outros pedidos de assistência à sua população.

Número de países de baixa renda tem caído de maneira consistente desde o fim dos anos 1980. Já o número de países de alta renda tem aumentado. O Banco Mundial justifica que esta transformação se deve a uma maior integração dos países à economia global, reformas políticas, apoios de organizações internacionais e crescimento sustentável de países em desenvolvimento.

Em 1987, 30% dos países eram classificados como de baixa renda, enquanto 25% eram de alta renda. Em 2024, 12% dos países pertencem à categoria de baixa renda, enquanto 40% se encaixam no patamar de alta renda.

Na América Latina e Caribe, o número de países de baixa renda foi reduzido de apenas dois em 1987 para zero em 2024. Enquanto isso, o número de países de alta renda passou de 9% no fim dos anos 1980 a 46% atualmente.

Na América do Sul, apenas a Bolívia é considerado um país de renda média-baixa, apesar de a Venezuela não ter seus dados reportados. Chile, Uruguai, Guiana e Guiana Francesa (por ser parte da França oficialmente) são tidos como países de alta renda. Todos os restantes são considerados de renda média-alta.

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