[AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DC NEWS]
A taxa de desemprego no país manteve-se no menor nível histórico, em 5,6%, e o número de desempregados caiu para 6 milhões: -3,3% em relação ao trimestre anterior e -11,8% em 12 meses. É a menor quantidade apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na sexta-feira (31) pelo IBGE. O total de ocupados, 102,4 milhões, ficou estável no trimestre, mas em nível recorde. Em um ano, o país tem 1,4 milhão de ocupados a mais e 809 mil desocupados a menos. Os empregados no setor privado com carteira assinada são 39,2 milhões, outro recorde da pesquisa. “O nível da ocupação em patamares elevados nos últimos meses indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025”, disse a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.
O instituto detectou redução da taxa de informalidade em comparação com igual período do ano passado (terceiro trimestre): 37,8%, ante 38,8%. Assim, o número de trabalhadores informais, embora continue alto, caiu de 39,2 milhões para 38,7 milhões. O total de empregados com carteira cresceu 2,7% em relação a 2024 – 1 milhão a mais. Os sem carteira somam 13,5 milhões, -4% em 12 meses (569 mil a menos). Os trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) são 4,1% a mais. Esses três grupos ficaram estáveis na comparação trimestral. Dos quase 26 milhões que trabalham por conta própria, 19 milhões (73,4%) não têm CNPJ.
Entre os setores de atividade, o comércio (que inclui reparação de veículos) teve redução de 1,4% no trimestre e ficou estável em 12 meses (-0,1%). São 19,2 milhões de ocupados, ante 19,5 milhões no segundo trimestre. Eram 18,9% dos ocupados há um ano, agora são 18,7%. Segundo Adriana, do IBGE, a queda trimestral ficou concentrada nos segmentos de alimentos e vestuário&calçados. O serviço doméstico também registrou retração (-2,9%). “Parte dessa perda foi compensada pela expansão de trabalhadores na agropecuária e construção”, afirmou. “O que contribuiu para a estabilidade da população ocupada total.”
A indústria tem 13,3 milhões de ocupados, -0,1% no trimestre e +1,4% em um ano. A construção civil agora esta com 7,5 milhões (+3,4% e +2,3%, respectivamente). Na administração pública (que inclui defesa, seguridade, saúde e educação), são 19,1 milhões (+1,1% e +3,9%). Entre as atividades relacionadas a serviços, transporte, armazenagem e correios concentra 5,9 milhões (alta de 6,7% em um ano), alojamento e alimentação tem 5,4 milhões (+0,5%) e informação/comunicação, atividades financeiras e imobiliárias, 13 milhões (+2%).
Estimado em R$ 3.507, o rendimento médio real ficou estável no trimestre e cresceu 4% ante igual período de 2024. No comércio, recuou 2,5% em relação a junho e avançou 0,5% na comparação anual. A massa total de rendimentos bateu novo recorde e chegou a R$ 354,6 bilhões, alta de 5,5% em 12 meses (mais R$ 18,5 bilhões). O recorde, disse Adriana, se deve “a ganhos de rendimento real e expansão do contingente de trabalhadores no primeiro semestre”.