E-commerce Temu suspende envios de produtos direto da China para EUA com fim de 'de minimis' - WSJ

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São Paulo, 2 de maio de 2025 – A plataforma de comércio eletrônico Temu suspendeuabruptamente os envios diretos da China para consumidores norte-americanos após a imposição depesadas tarifas sobre importações de baixo valor, marcando uma transformação radical em seumodelo de negócios. Segundo o jornal The Wall Street Journal, antes do fim da isenção aduaneira”de minimis” para produtos chineses em 2 de maio, a empresa já havia anunciado aumentos de preçose começado a detalhar taxas de importação que frequentemente superavam o valor das mercadorias.Atualmente, todos os produtos no site são classificados como “locais” – itens pré-importados earmazenados nos EUA, naturalmente mais caros que os enviados diretamente da China.

O regime “de minimis”, que permitia a entrada de encomendas de baixo valor sem taxação, haviasido amplamente utilizado por Temu e sua concorrente Shein, com 1,36 bilhão de remessas em 2024.Com o fim da isenção determinado pelo governo Trump, as empresas de e-commerce agora enfrentammaior burocracia aduaneira. A Temu vinha se preparando para essa mudança através de um programa”local-to-local”, onde vendedores norte-americanos já respondiam por 30% dos produtos, embora issosignifique a perda gradual da vantagem de preço que tornava seus itens 20-30% mais baratos que osda Amazon.

Analistas apontam que a mudança trouxe consequências imediatas: enquanto eliminou as altastaxas de importação que assustavam consumidores, também reduziu drasticamente a variedade deprodutos disponíveis, especialmente os best-sellers chineses de baixo custo como acessórios ecabos. A plataforma agora se concentra em itens volumosos como móveis e eletrodomésticos, enquantotenta escoar estoques chineses para outros mercados – movimento que pode pressionar suas jáestreitas margens de lucro.

A médio prazo, a Temu enfrenta um período de incertezas, dependente de possíveis reversõespolíticas ou da reestruturação de sua cadeia produtiva. Especialistas como Martin Balaam, daPimberly, alertam que qualquer adaptação do modelo de negócios e capacidade manufatureirarepresentará um significativo retrocesso temporal para a empresa, que precisará se reinventar paramanter competitividade no mercado norte-americano sem sua principal vantagem – o acesso direto àprodução chinesa barata.

Vanessa Zampronho / Safras News

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