Porto Alegre, 29 de julho de 2025 – O Indice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE caiu 2,0pontos em julho, para 94,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 1,1 ponto, para96,8 pontos. “A queda da confiança da indústria em julho sugere continuidade da trajetóriadescendente do setor. Apesar da moderada recuperação na percepção sobre a situação presente,as expectativas futuras reforçam o cenário de pessimismo entre os empresários. Nota-se apreocupação do setor em todas as categorias de uso na pesquisa e piora espalhada entre os setores.O resultado da sondagem deixa em evidência a complexidade da macroeconomia para o setor industrial,reforçando a expectativa de desaceleração da economia no segundo semestre. A combinação entre acontração da política monetária e o aumento da incerteza, intensificada pelas novas taxaçõessobre produtos brasileiros, configura um cenário desafiador para o setor”, comenta Stéfano Pacini,economista do FGV IBRE.
Em julho, houve queda da confiança em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. Oresultado reflete ligeira melhora nas avaliações sobre a situação atual e piora nas expectativasem relação aos próximos meses. O Indice Situação Atual (ISA) subiu 0,3 ponto, para 97,3 pontose o Indice de Expectativas (IE) retrocedeu 4,0 pontos, para 92,5 pontos.
Indice de Expectativas registra o menor nível desde 2021
Entre os indicadores que compõem o ISA, o que exerceu maior influência foi o que mede a situaçãoatual dos negócios ao avançar 1,5 ponto, para 97,4 pontos, recuperando parte da perda observadanos últimos dois meses. O nível atual de demanda ficou estável em 97,6 pontos, com esseresultado, o indicador permanece com o patamar mais baixo desde abril de 2024 (96,0 pontos). Nosentido contrário, o nível de estoques, piorou 0,7 ponto no mês, para 102,8 pontos. Quando esteindicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoquesexcessivos (ou acima do desejável).
Com relação às expectativas, observou-se piora significativa em todos os indicadores que compõemo índice, sendo a mais intensa no que mede o ímpeto de contratações. O indicador de expectativasde emprego caiu 4,8 pontos, para 97,1 pontos, alcançando o pior resultado desde janeiro de 2024(95,7 pontos). O otimismo com evolução dos negócios nos próximos seis meses, retratado peloindicador de tendência dos negócios, e a percepção sobre a produção prevista pioraram na mesmaproporção. Ambos os indicadores recuaram 3,6 pontos, para 88,1 e 92,7 pontos, respectivamente.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) caiu 1,4 ponto percentual emjulho, para 82,5%, menor nível desde março de 2025 (81,5%).
As informações são da Fundação Getúlio Vargas.
Revisão: Rodrigo Ramos – rodrigo@safras.com.br (Safras News)
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