SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em meio a uma recuperação judicial, a Azul apresentou a investidores no início de agosto um documento que prevê mudanças na malha da companhia, com redução de cidades atendidas e eliminação de rotas com desempenho abaixo da média.
A empresa informou o fim da operação em 13 cidades não lucrativas e maior foco nos hubs -aeroportos onde a companhia aérea concentra as operações. Por ser uma informação considerada estratégica, a Azul não revelou quais cidades deixarão de ser atendidas.
Além disso, no documento, a empresa afirma também que eliminará 53 rotas com margem 17 p.p. abaixo da média da companhia.
De acordo com a companhia aérea, as mudanças vêm ocorrendo desde julho, de forma gradual. Ainda segundo a Azul, clientes impactados pelas mudanças já receberam a assistência necessária.
À reportagem a empresa disse que “avalia constantemente as operações em suas bases, como parte de um processo normal de ajuste de oferta e demanda”.
A Azul cita como motivos para os ajustes na malha o aumento nos custos operacionais da aviação, impactados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta do dólar, questões de disponibilidade de frota e o processo de reestruturação da empresa.
A companhia anunciou em 28 de maio deste ano a entrada no Chapter 11 (equivalente à recuperação judicial) nos Estados Unidos, numa tentativa de reorganizar suas dívidas. Depois de Latam e Gol, a empresa foi a última das principais companhias aéreas brasileiras a aderir ao processo.
A expectativa da Azul é que o processo de recuperação judicial termine no fim deste ano.