Em resposta a Lula, Casa Branca diz que Trump não é imperador do mundo, mas sim grande líder

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Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, rechaçou nesta quinta-feira (17) a declaração do presidente Lula (PT) de que o presidente americano, Donald Trump, não foi eleito para ser “imperador do mundo”.

“O presidente com certeza não está tentando ser o imperador do mundo. Ele é um presidente forte dos EUA e também o líder do mundo livre. Nós temos visto uma grande mudança pelo mundo devido à liderança do presidente”, afirmou a porta-voz da Casa Branca após ser questionada sobre o tema.

Após pergunta sobre quais seriam os termos disponíveis para uma negociação com o Brasil a respeito da ameaça de sobretaxa de 50% ao país, Leavitt repetiu as ações do governo dos Estados Unidos até aqui. Disse que Trump enviou carta comunicando da taxação e orientou o USTR, órgão que trata de comércio externo, a abrir investigação na área contra o Brasil.

“Por anos, sabemos que as regulamentações digitais do Brasil e a fraca proteção de propriedade intelectual prejudicaram as empresas de tecnologia e inovação dos EUA”, afirmou Leavitt.

“Sua tolerância ao desmatamento ilegal e outras práticas ambientais coloca os produtores, fabricantes, agricultores e pecuaristas americanos que seguem melhores padrões ambientais em desvantagem competitiva”, continuou, reiterando motivações da abertura de investigação comercial contra o país.

As declarações foram dadas depois de o presidente Lula (PT) afirmar, em entrevista à CNN Internacional, que ainda não considera a ameaça da sobretaxa de 50% como uma “crise” com o país americano e defendeu que é preciso sentar à mesa e negociar com a gestão Trump.

Ele ressaltou que sempre manteve bom diálogo com outros presidentes americanos e lembrou a relação de 200 anos entre os dois países, algo que ele tem também repetido nos últimos dias.

Lula disse que Trump foi eleito para ser presidente dos Estados Unidos, “e não imperador do mundo”.

O presidente do Brasil rejeitou que divergências ideológicas entre Trump e ele poderão atrapalhar as negociações e que não há o desejo de romper com o país americano, mas, por outro lado, afirmou que o Brasil não quer ser refém dos Estados Unidos.

Em outro momento, disse que o governo quer negociar, mas não aceitará nenhuma imposição. “O Brasil não aceitará nada que lhe for imposto”, disse. Trump, disse ele, precisa respeitar a soberania brasileira.

Lula também mencionou à CNN que o Brics, grupo de países de economia emergente que foi alvo de críticas recentes de Trump, não foi criado para “brigar com nenhum país”.

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