SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Fed (Federal Reserve) reduziu pela terceira reunião seguida a taxa de juros nos EUA. Nesta quarta-feira (10), a autarquia anunciou a queda para 3,5% a 3,75%, uma diminuição de 0,25 ponto percentual, na última reunião do ano.
As outras duas reduções (em setembro e outubro) também foram de 0,25 ponto percentual, contrariando pedido do presidente dos EUA, Donald Trump, que defende uma queda brusca nos juros para 1,5%.
A decisão desta quarta-feira ainda foi impactada por alguns dados econômicos que estão atrasados, devido à paralisação do governo mais longa da história, que durou 43 dias e acabou em 12 de novembro.
Após a decisão dos juros, as agências de estatísticas dos EUA divulgarão os relatórios de emprego e da inflação para novembro, que podem ajudar a resolver o debate central entre os banqueiros centrais sobre a continuidade na redução da taxa de juros.
Os últimos dados que o Fed recebeu sobre inflação e empregos, suas duas principais áreas de preocupação, foram os de setembro, quando a taxa de desemprego subiu ligeiramente para 4,4%, e a medida de inflação preferida do banco central foi de 2,8%, acima de sua meta de 2%.
Nas últimas três reuniões, não houve unanimidade entre os 12 diretores. Em julho, dois diretores (Christopher Waller e Michelle Bowman) defenderam a redução de 0,25 ponto percentual, enquanto outros dez optaram pela manutenção da taxa entre 4,25% e 4,5%.
Na reunião de setembro, o diretor Stephen Miran foi o voto divergente ao optar por queda de 0,5 ponto percentual, enquanto 11 votantes ganharam com a redução de 0,25 ponto percentual. Miran voltou a defender a mesma diminuição em outubro, mas foi voto vencido. Nesse mês, Jeffrey Schmid foi outro a discordar, mas optou por não haver corte.