Governo da China vê economia resiliente e orienta por continuidade no resto do ano

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PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS) – Pequim avalia que a economia chinesa ainda enfrenta “riscos e desafios”, internos e externos, mas que seus fundamentos estão estáveis, tendo mostrado “resiliência” no primeiro semestre, quando o governo americano lançou e depois suspendeu uma escalada tributária contra o país.

Para o segundo semestre, as políticas macroeconômicas atuais serão “mantidas com robustez e intensificadas quando necessário”, com atenção especial à demanda interna, apoiando o setor de serviços. Não houve menção a novos estímulos ao setor imobiliário.

Foi o que anunciou a reunião encerrada nesta quarta (30) pelo Politburo, órgão de 24 membros do Comitê Central do Partido Comunista da China. Realizada regularmente em julho, ela avalia o desempenho econômico no ano e decide eventuais correções, na segunda economia do mundo.

Entre outras medidas destacadas para o resto do ano por Xi Jinping, secretário-geral do Comitê Central do PC, que presidiu a reunião, estão “manter a continuidade e a estabilidade” e “estimular efetivamente o consumo”.

Também “romper a involução”, expressão usada nas últimas semanas por diversos líderes do país, para questionar o efeito da concorrência considerada desordenada em setores como carros elétricos e a entrega domiciliar de compras, derrubando lucros e sustentabilidade das empresas.

Em seu discurso, segundo o relato oficial da agência Xinhua, Xi salientou por fim que é preciso “esforçar-se para atingir as metas anuais de desenvolvimento econômico”, a começar do crescimento de cerca de 5% para o PIB. Nas últimas semanas, instituições financeiras têm elevado as projeções do PIB chinês.

O Politburo também anunciou que a quarta plenária do Comitê Central, com perto de 400 membros, será realizada em outubro, para discutir as propostas para o 15º Plano Quinquenal do país. O evento é amplamente aguardado, tanto no país como no exterior.

Xi está à frente da preparação do plano, pelo que tem indicado a mídia chinesa. Seria uma das razões para não ter viajado ao Brasil, para a cúpula do grupo Brics, e para não ter aceito ir à Europa, para o cinquentenário das relações diplomáticas com a União Europeia.

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