SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos) alterou novamente a data para que aprovados na prova objetiva do CNU (Concuso Nacional Unificado) enviem a documentação na prova de títulos. Candidatos agora devem enviar as comprovações entre 14h desta sexta (21) e 23h59 da próxima terça (25).
Os títulos são aceitos somente pelo site https://conhecimento.fgv.br/cpnu2, em formato de imagem ou PDF do documento original ou cópia autenticada. Inicialmente, o envio estava previsto para começar no dia 13, quinta-feira passada, data que mudou para o dia seguinte, 14.
A etapa é de caráter classificatório e pode acrescentar até dois pontos à nota final para cargos de nível intermediário e até cinco pontos para nível superior. Para saber se precisa participar desta fase, é possível acessar o edital de convocação, publicado no Diário Oficial da União na última sexta-feira (14).
Quem não enviar os documentos dentro do prazo não é eliminado do concurso, mas receberá nota zero na prova de títulos. A avaliação está presente em todos os blocos de nível superior e, no nível intermediário, é adotada por apenas algumas especialidades.
O resultado preliminar dessa fase está previsto para o dia 8 de janeiro de 2026. A prova de títulos avalia documentos que comprovem formação acadêmica como cursos e pós-graduações na área de atuação do cargo escolhido.
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O QUE CONTA COMO TÍTULO?
São aceitos diplomas, certificados e declarações de conclusão emitidos em papel timbrado da instituição, com indicação da data de conclusão que não pode passar da data do envio da documentação, bem como carga horária e assinatura e carimbo da instituição.
Candidatos ainda podem apresentar títulos relativos a livros, artigos, cursos técnicos e escolas de idiomas, sob especificações indicadas no edital.
Para diplomas de mestrado e doutorado emitidos no exterior, só serão aceitos aqueles reconhecidos por instituições de ensino superior brasileiras que possuam cursos de pós-graduação stricto sensu avaliados pelo MEC (Ministério da Educação) na mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior. Documentos emitidos em língua estrangeira precisam estar traduzidos para o português por tradutor juramentado.
Outros comprovantes, como protocolos, requerimentos ou atas de defesa, não geram pontuação. Não serão computados como título os diplomas, certificados ou declarações de conclusão de curso exigidos como requisito báscio para o cargo. Documentos inseridos em categorias incorretas também serão desconsiderados.
COMO DEVO ANEXAR OS ARQUIVOS?
Os arquivos devem ser anexados nos formatos JPG, JPEG, PNG ou PDF, com tamanho máximo de 5 MB, seguindo as orientações do sistema de inscrição.
Para comprovar autoria de livro, conforme o edital, candidatos devem apresentar capa, contracapa e índice do livro em que conste o nome do candidato, bem como a página de rosto e a ficha catalográfica, com o ISBN ou ISSN. Para que o livro pontue, só poderá haver mais um coautor.
No caso de artigos científicos, é preciso apresentar a primeira página do artigo com o nome do autor, bem como a capa ou o índice do periódico em que foi publicado, com a identificação do trabalho.
Já para cursos técnicos ou de idiomas, é preciso apresentar diploma, certificado ou declaração de conclusão acompanhada pelo histórico escolar, respeitando as exigências de cada cargo.
QUE ESTRATÉGIAS DEVO TER NESTA FASE?
Segundo a professora Letícia Bastos, do Gran Concursos, o candidato que dispõe de poucos títulos acadêmicos ou pós‑graduações deve concentrar esforços em dois eixos principais: “primeiro, é imprescindível maximizar o desempenho nas etapas essenciais do concurso isto é, a prova objetiva e a discursiva, pois o domínio desses momentos reduz a dependência de pontos extras e fortalece a classificação geral”, diz a especialista.
Depois, na etapa de títulos, mesmo que a pontuação seja menor, a professora diz que o candidato pode organizar de forma estratégica sua documentação, procurando evidenciar claramente qualquer especialização, curso lato sensu ou certificação reconhecida que seja aceita pelo edital.
“É importante que os documentos estejam em perfeita ordem, com ficha ou lista clara dos cursos concluídos, carga horária, data de conclusão e instituição. Essa apresentação correta facilita a avaliação e evita perdas de pontos por falhas formais”, adiciona Letícia.
Ela destaca que, ainda que a quantidade de títulos não seja grande, a qualidade, pertinência e apresentação fazem diferença quando a disputa está muito acirrada.
COMO REVISAR A DOCUMENTAÇÃO?
Letícia diz que é essencial ler atentamente o edital específico da carreira e do bloco para entender quais títulos serão aceitos, os critérios de pontuação e os documentos exigidos (certificados, declarações, históricos, entre outros).
“O candidato deve garantir que todos os documentos estejam legíveis, atualizados e devidamente autenticados, caso exigido. Uma boa prática é criar um checklist com base no edital e revisar item por item antes do envio”, diz. Ela adiciona ainda que, se possível, vale a pena pedir a alguém de confiança que revise.