São Paulo, 26 de novembro de 2025 – O Governo do Brasil lançou nesta terça-feira (25/11), aPolítica Nacional de Outorgas Ferroviárias, marco para a infraestrutura de transportes e para aretomada do modal ferroviário no País. A iniciativa, desenvolvida pelo Ministério dosTransportes, estabelece diretrizes de planejamento, governança, sustentabilidade e novo modelo definanciamento, com integração entre recursos públicos e privados. Simultaneamente, foiapresentada a carteira de projetos de 2026, com estimativa de movimentar R$ 600 bilhões no setorferroviário.
É uma política nacional inédita, com alinhamento dos projetos e práticas de estruturação maismodernas, à modelagem econômica e financeira. É uma política alinhada à definição de regrasque nós trouxemos do ambiente rodoviário para ferrovias. Foi uma decisão e será transformador,afirmou o ministro dos Transportes, Renan Filho.
CARTEIRA DE PROJETOS A carteira de projetos 2026 prevê 8 leilões ferroviários, cobrindo mais de9 mil quilômetros de extensão e com potencial de atrair cerca de R$140 bilhões em investimentos,resultado que pode chegar a R$600 bilhões injetados no sistema ferroviário ao longo dos contratos.A expansão dos trilhos deve reduzir custos logísticos, elevar a competitividade da produçãonacional e diminuir a dependência do modal rodoviário.
100 MIL EMPREGOS Entre os projetos prioritários estão o Anel Ferroviário do Sudeste (EF-118), aFerrogrão, o Corredor Leste-Oeste, a Malha Oeste e os corredores da Malha Sul. Somente o projeto daFerrogrão, que conectará Sinop (MT) a Itaituba (PA), tem potencial para criar mais de 100 milpostos de trabalho durante as obras.
FENÔMENO Para o secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, a expansãoferroviária tem impacto direto na economia. Reduz custo marginal, barateia frete e integra cadeiasde produção. A gente avançou muito nesses três anos, com estratégia sofisticada e sólida,sempre atentos à complexidade do setor, explicou Ribeiro.
POLITICA DE ESTADO Davi Barreto, diretor-presidente da Associação Nacional dos TransportadoresFerroviários (ANTF), reforçou que o lançamento da política constitui passo decisivo paraconsolidar o modelo ferroviário como política de estado, com previsibilidade e segurança para osinvestidores. Esse é um passo importante. Fazer ferrovia realmente demanda visão e política deEstado. E o setor está muito animado com esses projetos, celebrou.
AGENDA CONSOLIDADA Os projetos feitos pelo modelo de concessão mostram que a colaboração dogoverno com o setor privado soma recursos. A agenda de concessões não só foi retomada, comoconsolidada, declarou Nelson Barbosa, diretor de Planejamento do BNDES, órgão que é um dosprincipais financiadores dos projetos da pasta comandada por Renan Filho.
RECORDE DE LEILÕES Em menos de três anos, o Ministério dos Transportes já realizou 21 leilõesrodoviários, somando 10.009 quilômetros de estradas concedidas e R$232 bilhões em investimentos.Os números de 2025 ainda serão ampliados com o leilão da Fernão Dias, marcado para o próximodia 11. Em 2026, estão previstos 13 leilões, com expectativa de R$148 bilhões em investimentos.
EXPECTATIVA Para a secretária Nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, a data delançamento é um dia muito relevante para o setor de transportes. Importante como um todo, com olançamento da carteira de ferrovias e de rodovias. De rodovias são 13 novos leilões e a genteespera a mesma participação dos investidores que tivemos em 2025, destacou.
ROTA DOS SERTÕES Entre os destaques da carteira de projetos está a Rota dos Sertões, que conectao anel rodoviário de Feira de Santana (BA) a Salgueiro (PE). Com 502 quilômetros de extensão, oprojeto será o primeiro leilão de concessão rodoviária do Nordeste. O certame está previstopara março de 2026 e deve atrair investimentos de R$ 6 bilhões. A obra deverá gerar cerca de 60mil empregos e contará com duplicações, passarelas e pontos de parada e descanso.
Nós estamos abertos de forma definitiva para o investimento privado de longo prazo. As pessoasestão animadas, porque existe um ingrediente fundamental que é a credibilidade, disse odiretor-presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, Marco AurélioBarcelos.
MODERNIZAÇÃO Entre as ações estruturantes, o Ministério dos Transportes desenvolveu, emparceria com o Tribunal de Contas da União (TCU), mecanismo para otimização e reequilíbrio decontratos já vigentes, garantindo segurança regulatória e continuidade de investimentos.
RECORDE Com a execução do cronograma, o Governo do Brasil atingirá a marca de 35 concessõesrodoviárias ao final do próximo ano, o maior volume estruturado em uma única gestão.
Com informações da Secom.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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