Porto Alegre, 30 de julho de 2025 – O Indice Geral de Preços Mercado (IGP-M)1 caiu 0,77% em julho,apresentando queda inferior em relação a junho, quando havia registrado taxa de -1,67%. Com esseresultado, o índice acumula queda de 1,70% no ano e alta de 2,96% nos últimos 12 meses. Em julhode 2024, o IGP-M subira 0,61% no mês, acumulando uma alta de 3,82% em 12 meses.
“Os preços ao produtor recuaram de forma menos intensa, refletindo a maior pressão vinda dasmatérias-primas minerais e do petróleo. No IPC, aumentos disseminados em diversos grupos comohabitação e despesas diversas contribuíram para a reversão do movimento de desaceleraçãoobservado desde março. Já no INCC, a menor incidência de reajustes salariais decorrentes dedissídios tende a reduzir a pressão sobre os custos com mão de obra, resultando em umadesaceleração dos custos da construção em julho”, afirma Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
O Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) cai 1,29%
Em julho, a taxa do Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,29%, queda em menor magnitudequando comparada à taxa de junho, de -2,53%. Analisando os diferentes estágios de processamento,percebe-se que o grupo de Bens Finais caiu 0,87% em julho, após queda de 0,54% em junho.Registrando comportamento similar, o índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui ossubgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, recuou de -0,10% em junho para -0,40%em julho. A taxa do grupo Bens Intermediários caiu 0,99% em julho, após registrar queda de 1,30%no mês anterior. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis elubrificantes para a produção) caiu 1,06% em julho, após queda de 1,25% em junho. O estágio dasMatérias-Primas Brutas registrou queda menos intensa, passando de -4,68% em junho para -1,79% emjulho.
IPC acelera 0,27%
Em julho, o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 0,27% apresentando aceleraçãoem relação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,22%. Entre as oito classes de despesa quecompõem o índice, cinco apresentaram avanço nas suas taxas de variação: Alimentação (-0,19%para 0,03%), Despesas Diversas (0,06% para 0,71%), Educação, Leitura e Recreação (0,39% para0,85%), Habitação (0,67% para 0,75%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,27%). Em sentidooposto, os grupos Transportes (0,06% para -0,30%), Vestuário (0,43% para -0,18%) e Comunicação(0,19% para 0,10%) exibiram recuos em suas taxas de variação.
O Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) sobe 0,91%
O Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,91% em julho, porém inferior a alta de0,96% no mês anterior. Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se movimentosdistintos em suas respectivas taxas de variação na transição de junho para julho: o grupoMateriais e Equipamentos acelerou de 0,06% para 0,84%; o grupo Serviços avançou de 0,74% para1,06%; e o grupo Mão de Obra desacelerou de 2,12% para 0,99%.
As informações são da Fundação Getúlio Vargas.
Revisão: Rodrigo Ramos – rodrigo@safras.com.br (Safras News)
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