Porto Alegre, 27 de novembro de 2025 – O Indice Geral de Preços Mercado (IGP-M) avançou 0,27% emnovembro, invertendo a taxa registrada em outubro, quando caíra 0,36%. Com esse resultado, oíndice acumula queda de 1,03% no ano e de -0,11% nos últimos 12 meses. Em novembro de 2024, oIGP-M subira 1,30% no mês, acumulando uma alta de 6,33% em 12 meses.
“Apesar da alta do IGP-M no mês, chama atenção o fato de que a taxa em 12 meses voltou ao camponegativo, algo que não ocorria desde maio de 2024. Esse resultado está muito relacionado aocomportamento do IPA ao longo do ano. Diferentemente do que se observou em novembro, quando houvealtas em algumas commodities agrícolas, em boa parte de 2025 prevaleceram quedas expressivas depreços, tanto de produtos industriais quanto agropecuários. Em vários meses, o IPA registrouvariações negativas, o que levou a uma desaceleração mais nítida a partir de maio: naquelemomento, a taxa em 12 meses recuou de 7,68% em maio para 4,02% em junho, até alcançar os atuais-2,06%. A queda do IGP-M em 12 meses seria ainda maior não fosse a compensação exercida pelospreços ao consumidor e pelos custos da construção”, afirma Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
O Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avança 0,27%
Em novembro, a taxa do Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,27%, invertendo o movimentoquando comparada à taxa de outubro, de -0,59%. Analisando os diferentes estágios de processamento,percebe-se que o grupo de Bens Finais subiu 0,12% em novembro, registrando taxa inferior a alta de0,39% em outubro. O índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentosin natura e combustíveis para consumo, avançou de 0,25% em outubro para 0,58% em novembro. A taxado grupo Bens Intermediários subiu 0,46% em novembro, após registrar queda de 0,35% no mêsanterior. Registrando comportamento semelhante, o índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo osubgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) subiu 0,60% em novembro, contra quedade 0,39% em outubro. O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 0,25% em novembro, ante queda de1,41% em outubro.
O Indice de Preços ao Consumidor acelera 0,25%
Em novembro, o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 0,25%, acelerando emrelação ao divulgado em outubro, quando o índice subiu 0,16%. Entre as oito classes de despesaque compõem o índice, três apresentaram avanço em suas taxas de variação: Saúde e CuidadosPessoais (0,08% para 0,67%), Educação, Leitura e Recreação (0,50% para 1,17%) e DespesasDiversas (0,20% para 0,46%). Em sentido oposto, os grupos Vestuário (0,58% para -0,23%),Habitação (0,04% para -0,07%), Comunicação (0,20% para 0,11%), Transportes (0,23% para 0,16%) eAlimentação (0,05% para 0,00%), exibiram recuos em suas taxas de variação.
O Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) sobe 0,28%
O Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,28% em novembro, acelerando em relaçãoao mês anterior, quando registrou alta de 0,21%. Analisando os três grupos constituintes do INCC,observam-se movimentos distintos em suas respectivas taxas de variação na transição de outubropara novembro: o grupo Materiais e Equipamentos acelerou a taxa de 0,29% para 0,36%; a variação dogrupo Serviços inverteu a taxa de 0,08% para -0,01%; e o grupo Mão de Obra avançou de 0,13% para0,22%.
As informações são da Fundação Getúlio Vargas.
Revisão: Rodrigo Ramos – rodrigo@safras.com.br (Safras News)
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