Porto Alegre, 31 de julho de 2025 – O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da FundaçãoGetulio Vargas sobe 8,0 pontos em julho, para 113,2 pontos, retornando ao nível de incertezaelevada. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador recua 0,8 ponto, para 110,4 pontos.
“Em julho, o Indicador de Incerteza voltou a subir, após dois meses de queda. A alta foiimpulsionada pela escalada nas tensões comerciais com os Estados Unidos, com o anúncio do governonorte-americano da intenção de elevar para 50% as tarifas de importação sobre produtosbrasileiros. O governo brasileiro tem buscado alternativas e tentado abrir canais de diálogo, mas oquadro permaneceu indefinido até o final do mês. Os impactos sobre os setores mais expostos esobre a economia como um todo são ainda incertos, o que contribui para um ambiente de maiorcautela. Somado a esse quadro houve aumento também da incerteza fiscal, reflexo das indefiniçõesem torno da reformulação do IOF, que geraram dúvidas sobre a trajetória da arrecadação e asustentabilidade das metas fiscais. Os resultados de julho levam o indicador de volta para a zonadesconfortável de incerteza”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
Componentes de Mídia e de Expectativas
O componente de Mídia do IIE-Br sobe 6,6 pontos em julho, para 115,9 pontos, contribuindopositivamente com 5,8 pontos para o resultado do índice agregado. O componente de Expectativas, quemede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, sobe 10,4pontos, para 97,0 pontos, contribuindo com 2,2 pontos para a alta do IIE-Br.
As informações são da Fundação Getúlio Vargas.
Revisão: Rodrigo Ramos – rodrigo@safras.com.br (Safras News)
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