Indústria de materiais de construção deve encolher 0,5% em 2025. No início do ano, meta era crescer 2,8%

Uma image de notas de 20 reais
Segundo associação do setor, faturamento cresceu 1,1% sobre outubro/25 e caiu 1,4% ante novembro/24
(Marcelo Justo/Folhapress)
  • Para a Abramat, dado reflete "um ano marcado por desaceleração da demanda, custos pressionados e maior seletividade nos investimentos"
  • Crescimento dependerá da retomada da confiança, diz associação. Mas 59% têm planos de investir nos próximos 12 meses
Por Vitor Nuzzi

[AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DC NEWS]
A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) projeta retração de 0,5% no faturamento do setor em 2025. Resultado distante da estimativa feita no início do ano, que era de alta de 2,8% – número que já indicava desaceleração em relação ao ano anterior (+5,8%). Segundo a entidade, a projeção feita após a divulgação dos resultados de novembro reflete “um ano marcado por desaceleração da demanda, custos pressionados e maior seletividade nos investimentos do setor”.

De outubro para novembro, o faturamento cresceu 1,1%. Na comparação com igual mês de 2024, houve queda de 1,4%, segundo o Índice Abramat, calculado pela consultoria Ecconit. “Apesar da recuperação pontual em novembro, o setor ainda enfrenta um cenário desafiador”, afirmou o presidente da associação, Paulo Engler. “O crescimento sustentável dependerá da retomada mais firme da atividade econômica e da confiança do investidor.”

Entre os segmentos, a estimativa para o faturamento já deflacionado dos materiais básicos é de alta de 1,3% na comparação mensal e queda de 1,4% em relação a novembro do ano passado. Em relação aos materiais de acabamento, +0,8% e -1,4%, respectivamente. A entidade informa ter 50 empresas associadas, com aproximadamente 400 fábricas.

Escolhas do Editor

Na edição mais recente do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, relativo a novembro, o cenário era de estabilidade, “com desempenho moderado nas vendas e avanço nas expectativas de investimento”. Segundo as empresas consultadas, 45% avaliaram como “bom” o resultado das vendas no mercado interno, ante 41% em outubro. Para 5%, “muito bom”. Outros 14% responderam “ruim” (18% no mês anterior) e 5%, “muito ruim” (também 5%). Quase um terço considerou o desempenho regular. E 59% das empresas disseram ter intenção de investir nos próximos 12 meses, ante 55% em outubro. A utilização da capacidade instalada ficou em 76% (74%). Para dezembro, 36% esperam bom desempenho e 45%, regular.

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