São Paulo, 12 de agosto de 2025 – O Goldman Sachs disse que a alta de 0,26% no Indice Nacionalde Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho ante junho ficou abaixo tanto do consenso de mercado(0,36%) quanto do projetado pela empresa (0,35%).
“A inflação de serviços acelerou menos do que o esperado (0,59%), com a medida anual recuando17 pontos-base para 6,00%. A inflação acelerou ligeiramente em julho, impulsionada poralimentação fora de casa (0,87% contra 0,46% em junho), cuidados pessoais (+0,98% contra -0,86% emjunho), bilhetes de loteria (11,17%), cigarros (1,95%) e energia elétrica (3,04%); enquanto sebeneficiou de impressões menores em alimentação em casa (-0,69% contra -0,43% em junho) e saúde.A inflação de bens industriais permaneceu baixa. A inflação surpreendeu negativamente emvestuário, alimentação em casa, transporte, despesas pessoais e telecomunicações; epositivamente em cuidados pessoais e despesas com moradia. A inflação do núcleo de serviços,sensível à política monetária, registrou um pouco acima do esperado, 0,49% (6,68% em relaçãoao ano anterior; -15 pontos-base em relação a junho)”, explicou.
“As pressões inflacionárias ainda estão disseminadas/generalizadas (particularmente entre osserviços, onde o momento dos serviços básicos ainda está acima de 6%), mas há sinaisincipientes de que a inflação atingiu o pico. A inflação de bens/comercializáveis permaneceelevada, mas a valorização do real deve limitar as pressões sobre esse componente. Um cenário dedinâmica inflacionária ainda desconfortável (com dados gerais e básicos acima de 5% ao ano),expectativas de inflação de curto e médio prazos desancoradas, hiato do produto positivo, mercadode trabalho aquecido e a continuidade das medidas de estímulo quase fiscal e creditício exigem umacalibração conservadora da política monetária no curto prazo”, concluiu o Goldman Sachs.
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