Ivo Dall'Acqua Júnior, da FecomercioSP: "Modernização do Estado é passo indispensável"

Uma image de notas de 20 reais
Ivo Dall´Acqua Júnior: incerteza fiscal se precifica nos juros e trava a economia
(Divulgação FecomercioSP/Fabiano Battaglin)
  • Para o presidente em exercício, o ano eleitoral é ocasião para discutir reformas – como a Administrativa. Para garantir ajuste e crescimento
  • BC tem que lidar com incerteza provocada pelo governo. "Ninguém mais acredita em compromisso com a estabilidade das contas públicas"
Por Vitor Nuzzi

[AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DC NEWS]
O ano de 2025 não foi tão bom quanto 2024, e 2026 entra com incertezas fiscais, monetárias e políticas. Pelo menos essa é a leitura do presidente em exercício da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Ivo Dall’Acqua Júnior. Por enquanto, ele prefere aguardar os primeiros meses e observar o andamento da economia. “O mercado de trabalho e a renda doméstica não vão despencar, mas ainda há muita gente inadimplente”, afirmou. “E os juros não vão cair em um ritmo tão acelerado ao longo do ano. Tudo isso vai ter um impacto importante”, disse ele em entrevista à AGÊNCIA DC NEWS.

Dall’Acqua Júnior avalia que o Banco Central agiu corretamente, na última reunião de 2025 do Comitê de Política Monetária, ao manter em 15% ao ano a taxa de juros – a Selic está nesse nível desde junho. “O BC fez bem”, afirmou. Para justificar o argumento, ele cita o exemplo da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, sancionada no dia 26 de novembro pelo presidente Lula. “Vai isentar parte importante dos contribuintes, resultando em forte injeção de recursos na economia, o que pode pressionar a inflação.” De acordo com o presidente em exercício da FecomercioSP, a expectativa agora é de corte dos juros já no início do ano. O importante, segundo ele, é que haja previsibilidade.

O ponto, mais uma vez, e sempre, é a política fiscal. “O orçamento do ano que vem indica mais aumento de despesas”, disse Dall’Acqua Júnior. “Ninguém mais acredita em um compromisso do governo com a estabilidade das contas públicas.” Para ele, uma questão urgente – ainda mais em ano eleitoral – seria discutir reformas estruturantes, como a Administrativa. “Uma das prioridades deveria ser a modernização do Estado”, afirmou. “Esse é um passo indispensável para que o país consiga realizar um ajuste fiscal efetivo e sustentável, além de recuperar sua capacidade de crescimento.” Confira a entrevista completa.

Escolhas do Editor

AGÊNCIA DC NEWS – A economia esfriou ao longo de 2025. O PIB do terceiro trimestre mostrou resultado próximo da estabilidade (0,1%). Que avaliação a FecomercioSP faz deste ano?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR É interessante como os dados do varejo de São Paulo foram mostrando, ao longo deste ano, a trajetória dessa desaceleração.

AGÊNCIA DC NEWS – Como isso aconteceu?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR –Nos primeiros três meses, o setor cresceu 9% em faturamento na comparação com o mesmo período do ano anterior. Depois, no segundo trimestre, subiu 7% em relação a 2024. Parecia que ia de vento em popa. Daí, nós começamos a notar como o ritmo estava caindo — na atividade econômica, em alguns indicadores e nas vendas do comércio. Mesmo com o mercado de trabalho aquecido, os juros altos foram pesando muito nas compras de longo prazo e na capacidade de as empresas acessarem crédito. Eu acho que há certos elementos importantes para explicar o que aconteceu.

AGÊNCIA DC NEWS – Quais?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR O primeiro, e mais grave, é o problema fiscal. Estamos chegando a um nível de saturação da relação entre dívida e PIB que preocupa o mercado. A incerteza se precifica nos juros altos, que deixa a economia do país estagnada. A Selic não está a 15% ao ano porque o Banco Central quer, mas porque ele precisa ser prudente com a situação que vê. Juros altos e incerteza fiscal travam o Brasil hoje.

AGÊNCIA DC NEWS E o consumo?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR – Além disso, embora o mercado de trabalho esteja em um bom momento, com a taxa de desemprego em 5,4%, e a renda média em alta, a conjuntura de juros altos freia o consumo. O varejo sente a demanda, mas não a experimenta, de fato, porque as margens são baixíssimas — o que impede investimentos. Daí não gera empregos. Soma-se a tudo isso um ambiente burocrático, inseguro e cheio de problemas paralelos. O cenário será bastante desafiador em 2026.

AGÊNCIA DC NEWS – A entidade prevê que o varejo paulista crescerá 5% em 2025, menos que no ano anterior. Já é possível fazer uma estimativa para o próximo ano, considerando que os juros vão cair em algum momento?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Certamente vai crescer menos do que em 2024. O varejo paulista cresceu quase 10% no ano passado em relação a 2023, que já tinha sido um ano bom. O mercado de trabalho e a renda doméstica não vão despencar, isso é verdade, mas ainda há muita gente inadimplente – um quarto de famílias em São Paulo, por exemplo – e os juros não devem cair em um ritmo tão acelerado ao longo do ano. Já sabemos que vamos entrar em 2026 com a Selic a 15%. Tudo isso vai ter um impacto importante.

AGÊNCIA DC NEWS Qual foi o impacto, ou quais foram os impactos, do tarifaço norte-americano?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Em agosto, o Conselho de Economia, Sociologia e Política da FecomercioSP publicou a sua Carta de Conjuntura mensal com uma análise que achei muito interessante: os Estados Unidos de hoje se parecem com o Brasil de 2014.

AGÊNCIA DC NEWS – Como assim?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR A inflação varejista deles está em alta, enquanto a atividade econômica se mantém aquecida, assim como o consumo, elevando os preços e forçando o Federal Reserve, o Banco Central de lá, a agir nos juros. Mas as políticas expansionistas da Casa Branca, sobretudo nos sentidos fiscal e monetário, geram desequilíbrios significativos. Isto é, há dinamismo econômico elevado, mas políticas desequilibradas. Isso ajuda a entender as tarifas.

AGÊNCIA DC NEWS – E o que aconteceu no caso do Brasil?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Foram dois efeitos principais. O dólar se desvalorizou, o que favoreceu alguns setores, como o Agronegócio, enquanto os segmentos mais sensíveis às trocas com os Estados Unidos foram severamente afetados. Mas é fato que as tarifas atingiram menos o país do que se esperava, e muito porque o governo soube promover uma rápida, embora restrita, abertura econômica. E, aí, vem algo muito interessante: nós defendemos há tempos que o Brasil se abra ao mundo.

AGÊNCIA DC NEWS – Essa abertura demorou?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Essa abertura comercial seria positiva para empresas, consumidores e, portanto, à própria economia, que ganharia competitividade e dinamismo, além de aumentar atração a investimentos internacionais. Nós estamos dizendo isso há muito tempo mesmo, considerando essa abertura como um processo de desenvolvimento nacional antes do que uma reação às políticas de Trump. 

AGÊNCIA DC NEWS – A presença brasileira ainda é incipiente?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Há quase meio século, a participação brasileira no mercado internacional é pequena, resumindo-se a apenas cerca de 1,5% de toda a corrente de comércio global. De acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil foi 24º maior exportador de bens do mundo em 2023, além de ocupar a 27ª colocação no ranking mundial de importações. Tudo isso mesmo diante do nono maior PIB do planeta. Não dá.

AGÊNCIA DC NEWS – Vocês têm alguma previsão para o PIB e para a inflação de 2026?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Nós preferimos observar a conjuntura dos primeiros meses do ano para uma indicação mais clara do que acontecerá na economia ao longo do ano.

AGÊNCIA DC NEWS – Antes da última reunião do Copom em 2025, a FecomercioSP disse que a prudência deveria prevalecer. Um “corte apressado” poderia levar a nova alta dos juros mais adiante. Qual deve ser o momento para reduzir a taxa Selic?IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Diante de incertezas da política fiscal e da inflação dos serviços, era necessário manter cautela mesmo. O BC fez bem. A questão do Imposto de Renda, por exemplo, vai isentar parte importante dos contribuintes, resultando em uma forte injeção de recursos na economia – da ordem de quase R$ 30 bilhões – , o que pode pressionar a inflação. Além disso, estamos aqui falando de política fiscal, e o orçamento do ano que vem indica mais aumento de despesas. Ninguém mais acredita em um compromisso do governo com a estabilidade das contas públicas. O BC é que está lidando com essa incerteza.

AGÊNCIA DC NEWS – Quando deve começar a cair, então?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR – Nossa expectativa é que o ciclo de redução comece no início do próximo ano — o que é adequado, já que é importante haver previsibilidade nesse movimento, permitindo que o mercado se prepare. Se o Copom decidisse baixar os juros de maneira abrupta, agora, em um cenário inadequado, poderia obter o resultado inverso: teria de elevá-los novamente em breve, prejudicando a credibilidade da instituição.

AGÊNCIA DC NEWS –A inflação aparentemente está mais controlada, ou não?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Os juros em 15% ao ano contribuíram para esfriar o consumo das famílias, e as projeções de inflação geral foram revisadas para dentro do limite da meta. Ainda assim, continuam em um patamar elevado. Já quando observamos a inflação dos serviços especificamente, permanece acima de 6% em 12 meses, o dobro da meta. Esse componente é o que melhor reflete se a economia está ou não aquecida. Por isso, é a variável que o BC observa para avaliar se há margem ou não para reduzir os juros.

AGÊNCIA DC NEWS – Para a Federação, o BC também precisa de compromisso mais claro do governo no campo fiscal. Esse ainda é o principal impasse?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Sim, esse é um ponto primordial para o país baixar os juros de maneira sustentável e voltar a crescer.  Se o governo adotasse uma política fiscal mais restritiva, o BC teria mais espaço para reduzir a Selic, já que haveria um desaquecimento natural da economia. Um ajuste fiscal traria uma melhoria significativa das condições econômicas.

AGÊNCIA DC NEWS – Mas…?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR No entanto, a Lei Orçamentária Anual aponta para o caminho oposto. Em outras palavras, no próximo ano, devemos continuar avançando em uma política fiscal mais expansionista, o que tende a limitar a margem de crescimento da economia e manter o BC em uma postura mais cautelosa.

AGÊNCIA DC NEWS – Em ano eleitoral, como será 2026, os gastos tendem a aumentar. Isso é um problema?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Certamente. O Brasil tem ampliado os gastos públicos há, pelo menos, 40 anos. Isso acarretou o empobrecimento do país e nos colocou em desvantagem em relação à escala mundial de competitividade. Em anos eleitorais, essa realidade é ainda pior e pode trazer consequências sérias para as contas públicas, além de não ajudar a política monetária, que hoje inibe o consumo e os investimentos.

AGÊNCIA DC NEWS – Quais deverão ser os principais temas do processo eleitoral?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Eleições geralmente debatem temas menos importantes, mas seria muito importante que as reformas estruturantes do país estivessem na pauta. A modernização da máquina pública, um debruçamento sobre as mudanças no sistema tributário etc. No entanto, acredito que alguns temas, como o da violência, precisam mesmo estar no centro da discussão. Há projetos atuais muito relevantes, como iniciativas do Muralha Paulista e do Smart Sampa, no estado e da cidade de São Paulo. Mas não há dúvidas que as prioridades mais estruturais não vão aparecer com tanta força.

AGÊNCIA DC NEWS – E o novo governo, que prioridades deveria ter, por exemplo, em relação a reformas? Administrativa? Previdenciária?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Uma das prioridades deveria ser a modernização do Estado. Esse é um passo indispensável para que o país consiga realizar um ajuste fiscal efetivo e sustentável, além de recuperar sua capacidade de crescimento. A Reforma Administrativa, apesar de não resolver sozinha a questão fiscal, é fundamental para melhorar a eficiência do gasto público. Por isso, a FecomercioSP tem liderado a mobilização de mais de 100 entidades representativas em defesa desse pleito.

AGÊNCIA DC NEWS – Já existe um debate no parlamento também.
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR O Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados dedicado ao tema já apresentou um material robusto, fruto de debates com autoridades, empresas e sociedade civil, que pode ajudar a avançar de forma célere com a PEC 38/2025. Inclusive, fizemos um pedido ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para que o tema seja incluído na pauta com prioridade.

AGÊNCIA DC NEWS – É urgente?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Essa é uma oportunidade para o Brasil realizar uma autoanálise sobre o gasto público, a eficiência dos serviços e a revisão de privilégios — elementos essenciais para reduzir desigualdades sociais. É um debate que se arrasta há, pelo menos, duas décadas, e não podemos perder essa chance.

AGÊNCIA DC NEWS – Passados oito anos da implementação da Reforma Trabalhista, que avaliação pode ser feita? A FecomercioSP entende que deveria ser ampliada?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR A reforma foi um marco importantíssimo para a modernização das leis trabalhistas. Claro que sempre há espaço para melhorias, especialmente diante da resistência quanto à sua aplicação, mas é inegável que ela já trouxe resultados relevantes, como a redução da litigiosidade judicial.

AGÊNCIA DC NEWS – Essa redução foi significativa?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR De acordo com dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST), entre 2000 e 2016, o número de novas reclamações trabalhistas anuais na Justiça do Trabalho saltou de 1,72 milhão para 2,75 milhões – crescimento de 60% em 17 anos. Com a reforma, o volume de processos caiu para 1,85 milhão em 2023, ou seja, 900 mil a menos que em 2016, o que representa uma queda de 25%. Nos anos pós-reforma, a redução média tem sido ainda maior (-35%).

AGÊNCIA DC NEWS – Quais os efeitos?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Com a queda desse volume de litígios, o ambiente de negócios também melhora. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, identificou um aumento considerável na Produtividade Total dos Fatores (PTF), tanto em empresas intensivas em mão de obra quanto nas menos intensivas. Nas primeiras, a PTF cresceu 15%; nas segundas, 10%. São resultados expressivos e que merecem ser reconhecidos. De forma geral, a reforma acabou com regras ambíguas, desatualizadas ou inaplicáveis. Também atacou o não cumprimento das obrigações e favoreceu o diálogo entre as partes, reduzindo a imprevisibilidade das decisões judiciais.

 AGÊNCIA DC NEWS – E em relação ao papel da Justiça do Trabalho?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR É fato que existe uma resistência de juízes trabalhistas a aplicar as regras estabelecidas pela reforma, o que limita resultados ainda mais relevantes que a legislação poderia trazer ao universo laboral. As regras ainda não têm sido usadas em sua totalidade em muitos casos na Justiça do Trabalho. A exigência de comprovação de falta de renda suficiente para obtenção de gratuidade de Justiça é um exemplo. Com isso, pessoas que poderiam pagar seguem isentas da quitação das custas judiciais.Isto é, mesmo diante de grandes melhorias proporcionadas pelo processo, é preciso atenção aos riscos de retrocessos.

AGÊNCIA DC NEWS – Ainda sobre reformas, em 2026 começaremos a ver as mudanças no sistema tributário. Qual é a sua avaliação sobre a reforma recentemente aprovada?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Como foi aprovada, a reforma mais penaliza o empresariado e dificulta o ambiente de negócios do que contribui para melhorá-lo. A FecomercioSP sempre defendeu uma mudança equilibrada, sem aumento da carga tributária e focada na simplificação e na harmonização dos processos. A reforma atual, porém, traz mais complexidade, além de implicar custos de adaptação, ajustes técnicos e um período de aprendizado. Esse deve ser o cenário de 2026, ano em que começa a transição dos tributos atuais – ICMS, PIS/Cofins e ISS – para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

AGÊNCIA DC NEWS – Há algum temor em relação a empresas optantes do Simples?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR No caso do Simples Nacional, há preocupação, porque os negócios terão de optar entre permanecer integralmente no regime, transferindo créditos de menor valor em relação aos concorrentes fora dele – e, assim, perdendo competitividade –, ou adotar um modelo híbrido, recolhendo separadamente o IBS e a CBS. Já as empresas com receita anual superior a R$ 3,6 milhões não terão essa alternativa. Elas serão obrigadas a recolher o IBS fora do regime unificado do Simples, o que aumentará a complexidade e os custos operacionais para esses negócios.

AGÊNCIA DC NEWS – O comércio passa por transformações constantes, como as transações eletrônicas e, mais recentemente, a inteligência artificial. Como o senhor vê esse novo mundo e o futuro?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR É um momento que exige adaptação rápida e estratégica do setor. As novas tecnologias já fazem parte das operações diárias dos negócios e não podem mais ser tratadas como elementos do futuro, uma vez que estão no cotidiano do empreendedor e do consumidor, que se torna cada vez mais exigente.

AGÊNCIA DC NEWS – As perspectivas são positivas?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR O que chama atenção nesse processo, especialmente no caso da IA, é a democratização das possibilidades. Hoje, pequenas e médias empresas também podem se beneficiar do ganho de produtividade, da simplificação de tarefas e do aprimoramento do atendimento ao cliente. Isso permite a criação de experiências mais personalizadas, com produtos e serviços ajustados às necessidades do consumidor. Para o futuro, espera-se uma integração ainda maior entre o uso estratégico da tecnologia e o olhar sensível do varejista, de modo a oferecer conveniência, personalização e engajamento nas experiências dos clientes. 

AGÊNCIA DC NEWS – E o Marco Legal da IA?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Os negócios nacionais precisam de uma regulação efetiva, que não comprometa a competitividade, a inovação e o desenvolvimento tecnológico. O mundo vive transformações aceleradas, impulsionadas pela IA, e o Brasil precisa acompanhar esse movimento sob o risco de ficar para trás se não o fizer. Em termos legislativos, o que o setor produtivo busca é equilíbrio. Muitas das questões levantadas pela nova tecnologia podem ser tratadas com base nas leis já existentes. A criação de novos mecanismos, se estes não forem bem avaliados, pode gerar insegurança jurídica e sobreposição regulatória.

AGÊNCIA DC NEWS – Qual deve ser o foco?
IVO DALL’ACQUA JÚNIOR Defendemos que a regulação seja focada em incentivar boas práticas e governança, e não em criar um cenário de rigidez e desproporcionalidade entre empresas de grande, médio e pequeno portes. A busca deve ser pela harmonia entre a proteção de direitos e o incentivo à inovação.

Voltar ao topo