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São Paulo, 8 de dezembro de 2025 – Os licenciamentos totais de veículos – que incluemautomóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – somaram 238.564 unidades em novembro, informoua Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), queda de 5,9% nacomparação com o mesmo mês de 2024, quando houve emplacamento de 253.499 unidades. Ante outubrodeste ano, houve recuo de 8,5%.
No acumulado do ano, os emplacamentos totais somaram 2.410.218 de unidades, alta de 1,4% frente aomesmo período de 2024.
Já licenciamentos de automóveis e comerciais leves recuaram 5,8% em novembro na comparação com omesmo mês do ano passado, a 227.440 unidades. Na comparação mensal, houve baixa de 8,3%.
De janeiro a novembro, foram emplacados 2.284.704 unidades de automóveis e comerciais leves, altade 1,8% em relação ao mesmo período de 2024.
A venda de caminhões recuou 12,3% em novembro relação ao mesmo mês do ano passado, com oemplacamento de 8.921 unidades e queda de 16,3% ante outubro de 2025. No acumulado do ano tambémhouve redução de 8,7%, a 103.651 caminhões.
No setor de ônibus, os emplacamentos subiram 18,0% em base anual, a 2.203 unidades. Em relação aomês anterior, a venda de ônibus teve alta de 11,8%. No acumulado do ano, houve crescimento de8,2%, a 21.863 unidades.
Exportações
A receita com as exportações totais de veículos automotores e de máquinas agrícolas produzidasno Brasil somou US$ 966,333 milhões em novembro, queda de 5,0% ante o mesmo mês do ano passado,quando a receita foi de US$ 1,0 bilhão. Na comparação com outubro, também houve recuo, de 4,3%,segundo a Anfavea.
No acumulado do ano, a receita com as exportações totais de veículos automotores e de máquinasagrícolas produzidas no Brasil totalizou US$ 12,9 bilhões, alta de 27,9% na comparação anual.
Produção
A produção total de veículos – que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus -atingiu 219.058 unidades no mês de novembro, apontando baixa de 8,2% ante o mesmo mês de 2024. Nacomparação mensal, houve recuo de 11,6%, de acordo com a associação. No acumulado do ano, houveaumento de 4,1% na produção total de veículos, com 2.459.580 unidades produzidas.
Já a produção de veículos leves foi de 208.131 unidades em novembro, redução de 6,7% em baseanual e, de 11,6% em base mensal. No acumulado do ano, a produção de veículos leves nos 11 mesesdeste ano cresceu 4,9% para 2.313.697 unidades, na comparação anual.
O destaque negativo foi a produções de caminhões, que apresentou a quarta queda consecutiva, commédia mensal de 26%. Em novembro, a produção de caminhões recuou 27,1% na base anual e 5,5% namensal, para 9.601 unidades produzidas. No acumulado do ano, a produção foi de 118.393 unidades,queda de 9,3% em relação ao mesmo período de 2024.
A produção de ônibus também teve baixas anual e mensal de 45,7% e 37,9% em novembro, com 1.326unidades. No ano, foram produzidos 27.490 ônibus, 5,5% acima do mesmo intervalo de 2024.
Emprego
A quantidade de postos de trabalho na indústria automotiva subiu 2,6% em novembro, na comparaçãoanual, para 110.822 mil posições. Na comparação mensal, houve leve queda, de 0,1%, informou aAnfavea.
Projeções
Em entrevista coletiva para comentar os dados de novembro, o presidente da Anfavea, Igor Calvet,disse que para atingir a projeção de crescimento para 2025, a indústria automotiva terá que terum emplacamento 38% superior em novembro, portanto, a entidade não espera que elas sejam atingidas.Para 2026, a entidade espera que uma queda da Selic possa trazer um alívio ao setor, porém, porseu ano de eleições, também deve trazer volatilidade, por isso, a expectativa é de estabilidadepara o mercado.
O executivo também disse que o setor está em alerta para o segmento de caminhões e espera quenovas linhas de crédito para renovação de frotas possam recuperar o segmento.
Recuo nas vendas e nas exportações levam à queda da produção em novembro
Os indicadores de desempenho do setor automotivo em novembro apresentaram uma série de recuos emrelação ao mês anterior, que teve quatro dias úteis a mais, e a novembro do ano passado, deacordo com o balanço mensal apresentado pela Anfavea. Houve desaceleração no mercado interno enos embarques para outros países, o que foi acompanhado por uma queda na produção.
Embora a média diária de vendas de 12,6 mil autoveículos em novembro tenha sido a mais alta doano, ela ficou abaixo de 2024 pelo quarto mês consecutivo. Assim, o crescimento acumulado dejaneiro a novembro de 2025 segue acima do registrado no mesmo período do ano passado, mas por umamargem bem pequena. No total, foram emplacadas 2,410 milhões de unidades, alta de apenas 1,4% emrelação a janeiro-novembro de 2024. Na prática, essa alta é sustentada por modelos importados,já que os emplacamentos de nacionais neste período subiram apenas 0,1%.
Em novembro, foram vendidas 238,6 mil unidades, um recuo de 8,5% em relação a outubro e de 5,9% emrelação ao mesmo mês de 2024. A situação mais preocupante segue sendo a dos caminhões, comqueda acumulada de 8,7% no ano. Até mesmo os autoveículos importados, que vinham em alta,verificaram retração de 10% no mês. Esse fenômeno, associado à chegada de novos lotes de forado país, fez com que os estoques de importados subissem de 130 para 153 dias.
Se o fluxo de importações subiu, o de exportações caiu em novembro. Apenas 35,7 mil veículosnacionais seguiram para outros mercados, o que representou o segundo pior mês do ano. A retraçãonas vendas da Argentina, o principal destino dos veículos fabricados no Brasil, explica oresultado. Apesar disso, devido especialmente aos bons resultados do primeiro semestre, os embarquespara o país vizinho ainda registram alta de 37,9% no acumulado deste ano.
O cenário de desaceleração levou a uma queda relevante na produção do mês de novembro. As 219mil unidades fabricadas representaram volume 11,6% inferior ao de outubro, com a ressalva dos 4 diasúteis a menos do mês passado. Na comparação com novembro de 2024, no entanto, quando houve omesmo número de dias, a redução foi de 8,2%.
“Ainda estamos com uma produção acumulada 4,1% mais alta do que nos primeiros onze meses de 2024,mas esse crescimento está muito abaixo do havíamos projetado para 2025, o que vem nos colocando emestado de alerta nos últimos meses”, afirmou Igor Calvet, presidente da Associação Nacional dosFabricantes de Veículos Automotores.
“Esperamos que dezembro traga um alento às vendas de automóveis e comerciais leves, após osucesso estrondoso do Salão do Automóvel. Já o segmento de pesados, o mais impactado pelos juroselevados, precisa de um olhar mais atento para que retorne a patamares normais e o setor possagarantir a manutenção de empregos”, disse Calvet.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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