Maduro canta 'Imagine' e pede paz após aumento da tensão entre Venezuela e EUA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um novo apelo de paz aos Estados Unidos, no sábado (15), com uma interpretação da música “Imagine”, de John Lennon, durante um comício no estado de Miranda.

Sob risos dele e da plateia, ao cantar o refrão da música, que é considerada um hino internacional pacifista, ele ressaltou a necessidade de “fazer tudo pela paz”.

Maduro também fez o gesto com a mão que simboliza a paz, enquanto a canção tocava nos alto-falantes. O evento, organizado para empossar comitês de base bolivarianos, reuniu apoiadores e autoridades do regime.

O gesto ocorreu após a escalada de tensão entre Maduro e o presidente Donald Trump, que acusa o regime de ter ligações com o narcotráfico.

Na sexta-feira (14), Trump disse que já tomou uma decisão sobre uma possível ação militar contra a Venezuela.

O republicano não anunciou qual foi a escolha, mas afirmou que ela poderá ser anunciada em breve. “Não posso dizer qual seria a decisão, mas já me decidi”, disse a repórteres a bordo do Air Force One, o avião presidencial.

No sábado (15), a principal opositora do regime, María Corina Machado, fez um alerta às forças de segurança venezuelanas em áudio publicado na plataforma X com o enunciado “aos que hoje cumprem as infames ordens do regime”.

“Seja um herói, não um criminoso; seja motivo de orgulho, não uma vergonha para sua família; faça parte do futuro brilhante da Venezuela, não da ruína que a tirania destruiu”, disse.

Ela também disse que a hora “decisiva é iminente” e que “a posição que cada um assumir marcará para sempre sua vida”.

“A história, a lei e o povo venezuelano serão seus juízes. Quando chegar a hora, saia para abraçar seu povo. Você saberá muito bem como e quando dar esse passo porque tudo ao seu redor será inequívoco”, falou.

Altos funcionários do governo Trump fizeram três reuniões na Casa Branca esta semana para discutir opções relacionadas a possíveis operações militares na Venezuela, disseram autoridades na sexta, após os EUA ampliarem a presença militar na região do Caribe.

Trump determinou o envio de aeronaves F-35, navios de guerra e um submarino nuclear para a região como parte de reforço militar após dois meses de ataques contra embarcações na costa venezuelana.

No início desta semana, o grupo de ataque do porta-aviões Gerald Ford entrou na região da América Latina com mais de 75 aeronaves militares e cerca de 5.000 soldados.

Quatro autoridades americanas e uma pessoa familiarizada com o assunto, sob condição de anonimato, afirmaram que reuniões de um conselho relacionado à segurança do governo Trump ocorreram nesta semana. O grupo assessora Trump e normalmente é presidido por Stephen Miller, conselheiro de segurança interna.

Uma das autoridades disse que um pequeno grupo se reuniu na quarta (12). Uma reunião muito maior com a presença do vice-presidente J.D. Vance, Miller, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e o chefe do Estado-Maior Conjunto, o general Dan Caine, teria ocorrido na quinta (13).

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