Plano de Negócios 2026-30 prevê investimentos totais de US$ 109 bilhões

Uma image de notas de 20 reais

Imagem gerada por IA

São Paulo, 28 de novembro de 2025 – A Petrobras informa que seu Conselho de Administraçãoaprovou, em reunião realizada ontem (27), o Plano de Negócios 2026-2030 (PN 2026-30), que prevêinvestimentos totais (Capex) de US$ 109 bilhões

No PN 2026-30, a Petrobras mantém as estratégias definidas no Plano Estratégico 2050 (PE 2050) ereafirma sua visão de ser a melhor empresa diversificada e integrada de energia na geração devalor, construindo um mundo mais sustentável, conciliando o foco em óleo e gás com adiversificação em negócios de baixo carbono (inclusive produtos petroquímicos, fertilizantes ebiocombustíveis), sustentabilidade, segurança, respeito ao meio ambiente e atenção total àspessoas.

Diante do cenário de preços mais baixos de petróleo, o PN 2026-30 reforça o compromisso decrescimento com geração de valor e com a sustentabilidade financeira da companhia, por meio dadisciplina de capital, eficiência operacional, otimização de gastos operacionais e limitesorçamentários para investimentos, além da adoção de critérios mais restritivos na governançade aprovação de projetos.

No horizonte do PN 2026-30, a Petrobras prevê investimentos totais (Capex) de US$ 109 bilhões,sendo US$ 91 bilhões em projetos da Carteira em Implantação e US$ 18 bilhões na Carteira emAvaliação, composta por oportunidades com menor grau de maturidade.

Para garantir resiliência financeira e flexibilidade para responder às condições de mercado, oPlano introduz um novo mecanismo para a Carteira em Implantação, com duas classificações:

Carteira em Implantação Base: US$ 81 bilhões, que engloba os projetos cujo orçamento foiaprovado no Plano, mesmo que ainda não sancionados1.

Carteira em Implantação Alvo: US$ 91 bilhões, que, além dos projetos da Carteira emImplantação Base (US$ 81 bilhões), engloba projetos (US$ 10 bilhões) cuja confirmação doorçamento está condicionada à análise de financiabilidade. Avaliações trimestrais, à luz dasprojeções de fluxo de caixa e estrutura de capital, determinarão o avanço desses projetos, bemcomo eventual priorização.

Além da maior eficiência na alocação do Capex, estão previstas medidas para otimizar custos,com economia estimada de US$ 12 bilhões nos gastos operacionais gerenciáveis entre 2025 e 20302, oque representa uma redução média anual de 8,5% em relação ao Plano anterior. Entre asiniciativas estão a redução de gastos em plataformas sem produção, otimização da logísticaaérea e marítima, otimização das intervenções em poços e inspeções submarinas,aproveitamento de frete de retorno, postergação de serviços não prioritários de rotina econservação. As ações de otimização de custos são implementadas em completo alinhamento com aatenção total às pessoas, o respeito ao meio ambiente, a preservação da segurança operacionale a confiabilidade dos ativos.

O foco em óleo e gás continua como principal prioridade da Petrobras, sendo a estratégia de duplaresiliência – baixo custo e baixa emissão fundamental para conciliar a liderança na transiçãoenergética justa com a segurança energética e o desenvolvimento sustentável do país.

O crescimento sustentável da companhia se reflete na sua ambição de manter a relevância naoferta de energia brasileira, preservando a representatividade atual da Petrobras de 31% da ofertaprimária de energia do Brasil até 2050, com maior participação de fontes renováveis. Alémdisso, a Petrobras reafirma a ambição de neutralizar suas emissões operacionais até 2050.Exploração e Produção (E&P) O PN 2026-30 destina investimentos de US$ 69,2 bilhões em projetosda Carteira em Implantação Alvo do E&P, no quinquênio.

Financiabilidade

O estudo de financiabilidade do PN 2026-30 resultou na consolidação de medidas de disciplina decapital focadas na otimização de custos, aumento da produtividade e eficiência operacional, embenefício da sustentabilidade da companhia no longo prazo.

As premissas de preço médio do Brent, taxa média de câmbio e crack spreads adotadas paraplanejamento foram as seguintes:

Brent: US$ 63/bbl em 2026 e US$ 70/bbl para os anos seguintes.

Taxa de câmbio: R$ 5,8/US$

Crack Diesel: US$ 20/bbl em 2026 e US$ 19/bbl para os anos seguintes.

Crack Gasolina: US$ 14/bbl em 2026, US$ 13/bbl em 2027 e US$ 12/bbl para 2028, 2029 e 2030.

As principais premissas para financiabilidade do Plano, relativas à Carteira em Implantação Alvosão: (i) Caixa mínimo de US$ 6 bilhões; (ii) Dividendos conforme política vigente; (iii) limitede Dívida Bruta de US$ 75 bilhões, com convergência ao patamar de US$ 65 bilhões.

O Plano prevê um fluxo de caixa resiliente, com Brent de equilíbrio para neutralidade da dívidalíquida de US$ 59 por barril em 2026 e US$ 48 por barril em 2030.

O PN 2026-30 considera as seguintes projeções anuais para Fluxo de Caixa Operacional (FCO), Fluxode Caixa de Investimentos (Investimento Caixa) e Arrendamentos, referentes à Carteira Total deInvestimentos (US$ 109 bilhões):

FCO: US$ 35 bilhões em 2026, US$ 40 bilhões em 2027, US$ 42 bilhões (por ano) em 2028, 2029 e2030.

Investimento Caixa: US$ 18 bilhões em 2026, US$ 20 bilhões em 2027, US$ 21 bilhões em 2028 e US$17 bilhões (por ano) em 2029 e 2030.

Arrendamentos: US$ 10 bilhões (por ano) em 2026 e em 2027 e US$ 9 bilhões (por ano) para os anosseguintes.

Todos os projetos de investimento de capital são aprovados para a fase de execução somente quandoapresentam VPL positivo nos três cenários do Plano – projetos exploratórios, (incluindoparticipação em leilões), investimentos correntes (por exemplo, manutenção), bem comoparcerias, aquisições e desinvestimentos seguem sistemáticas de aprovação específicas.

Por fim, a Petrobras reafirma suas principais escolhas estratégicas, mantendo o foco em óleo egás com resiliência econômica e ambiental; o compromisso com a reposição de reservas, gerandovalor para a sociedade e acionistas; a ampliação do parque industrial, com monetização dopetróleo nacional e maior oferta de produtos de baixo carbono; a ambição de alcançar aneutralidade das emissões operacionais; e a liderança na transição energética justa. Essasescolhas geram resultados e valor para todos os stakeholders da companhia.

SEGMENTOS

Exploração e Produção (E&P)

O PN 2026-30 destina investimentos de US$ 69,2 bilhões em projetos da Carteira em ImplantaçãoAlvo do E&P, no quinquênio.

Desta carteira, 62% correspondem ao Pré-Sal, 24% em campos do Pós-Sal, 10% estão alocados emExploração e cerca de 4% relacionados a Terra, Águas Rasas, ativos no Exterior, tecnologias ouprojetos de descarbonização.

A companhia eleva o patamar da curva de produção de óleo e gás no curto e médio prazo emrelação ao Plano anterior, por meio de uma melhor gestão dos reservatórios, novos poçoscomplementares e entrada de novos sistemas de produção, além de uma disponibilidade crescente degás natural frente à oferta atual.

Os projetos continuam se destacando pela dupla resiliência (econômica e ambiental) e pelo altovalor econômico, compondo um portfólio viável a cenários de baixos preços de petróleo no longoprazo, com Brent de equilíbrio prospectivo da carteira, em média, de US$ 25 por barril eintensidade de carbono de até 15 kgCO2e por barril de óleo equivalente no quinquênio.

A companhia ainda prevê uma média do Custo Total do Petróleo Produzido (CTPP) – que inclui custode extração (abaixo de US$ 6/barril), participações governamentais e depreciação e depleção- de US$ 30,4/boe no quinquênio 2026 a 2030, considerando participações governamentais de acordocom o Brent médio estimado como premissa do planejamento, o que representa uma redução de cercade US$ 6/barril em relação à estimativa de CTPP do Plano anterior.

Serão implantados 8 (oito) novos sistemas de produção até 2030, sendo que 7 (sete) já estãocontratados. Além disso, há outros 10 (dez) projetos a partir de 2030. A Petrobras atua comooperadora de todos esses campos, com exceção do Raia, operado pela Equinor.

No Campo de Búzios, no pré-sal, destaca-se a previsão de concluir a implantação de 11 FPSOsaté 2027, com entrada em operação das plataformas já contratadas P-78, P-79, P-80, P-82 e P-83,além de estar em licitação uma 12 unidade de produção, a P-91.

Devido ao aumento de eficiência operacional e maiores entregas de produção ao longo do ano, aatual projeção de produção de óleo para 2025 é de cerca de 2,4 milhões de barris por dia(bpd), com expectativa de fechar o ano na banda superior da meta projetada de 2,3 milhões de bpd,com variação de +/- 4%.

No PN 2026-30, a Petrobras prevê atingir, no quinquênio, o pico de produção de óleo de 2,7milhões bpd em 2028 e pico de produção total de 3,4 milhões de barris equivalentes de óleo egás por dia (boed) em 2028 e 2029. Para o acompanhamento do Plano, consideram-se as projeçõesanuais conforme gráfico a seguir, com uma margem de variação de +/- 4%.

Para enfrentar os desafios de reposição de reservas, o PN 2026-30 direciona US$ 7,1 bilhões paraatividades exploratórias no quinquênio, com destaque para as bacias do Sul e Sudeste, MargemEquatorial e ativos exploratórios em outros países como Colômbia, São Tomé e Príncipe eÁfrica do Sul.

Em paralelo, a Petrobras mantém projetos que visam a aumentar a disponibilidade de gás e dedicaatenção especial aos ativos maduros, com o objetivo de avaliar as possibilidades de prolongamentoda vida produtiva desses ativos e seus sistemas de produção e, em último caso, iniciar asatividades de descomissionamento, seguindo as melhores práticas de sustentabilidade na destinaçãode ativos em final de ciclo de vida. A destinação sustentável de equipamentos e o abandono depoços demandarão dispêndios de US$ 9,7 bilhões nos próximos cinco anos.

Refino, Transporte e Comercialização + Petroquímica e Fertilizantes (RTC)

O PN 2026-30 destina US$ 15,8 bilhões em investimentos na carteira em Implantação Alvo para osegmento de Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes (RTC).

No Refino, os recursos se concentram na expansão e na adequação do parque de refino, visando àprodução de combustíveis de alta qualidade e de baixo carbono. Com esses projetos, a companhiaprevê ampliar sua capacidade instalada de processamento de 1,8 milhão bpd para 2,1 milhões bpdaté 2030, um acréscimo de 320 mil bpd, incluindo os projetos em avaliação. Essa ampliaçãoserá suportada por projetos dentro das plantas existentes, sem necessidade de construção de novasrefinarias.

Além disso, até o fim do quinquênio do PN 2026-30, o perfil da produção também seráaprimorado, com maior participação de produtos de alto valor agregado. A produção do dieselpassará de 40% para 45% do total, com redução do teor de enxofre e melhoria da qualidade. Osinvestimentos em Refino, com destaque para a conclusão do Trem 2 da RNEST e o projeto RefinoBoaventura, devem resultar em um aumento de 307 mil bpd na capacidade de produção de Diesel S-10até 2030 (incluindo projetos da Carteira em Avaliação), sendo 134 mil bpd de volume adicional e173 mil bpd provenientes da substituição do Diesel S-500 pelo Diesel S-10.

Estão incluídos também investimentos em biorrefino para a produção de combustíveis comconteúdo renovável, como a construção, na RPBC, da planta dedicada de Bioquerosene de Aviação- BioQav (SAF) e Diesel 100% renovável (HVO) via rota HEFA (Hydroprocessed Esters and Fat Acids) eadaptações na REGAP e na REPLAN para produção de SAF via coprocessamento. Há ainda outrosprojetos e estudos envolvendo produção de bioprodutos nas refinarias da companhia.

A Petrobras também investirá US$ 1 bilhão em iniciativas para aumentar a eficiência operacionale energética das suas refinarias, por meio do Programa RefTop. Essas iniciativas contribuirão paraalcançar a meta de intensidade de emissões de suas operações de refino e garantir umadisponibilidade operacional igual ou maior que 97% até 2030.

Os investimentos em Comercialização e Logística (C&L) têm como objetivos principais ampliar apresença da companhia em mercados em crescimento, como o Centro-Oeste e o Arco Norte; aumentar afrota de navios e embarcações; e otimizar os ativos logísticos, buscando maximizar a eficiênciaoperacional. Essas iniciativas resultarão em redução de custos logísticos e da pegada decarbono, capturando mais mercado para a Petrobras.

A renovação e a ampliação da frota de navios de cabotagem para classes de baixa liquidez e oafretamento de embarcações de apoio offshore trarão novas oportunidades para a indústria naval.O PN 2026-30 inclui a construção de 20 navios de cabotagem e de 18 barcaças, com investimento deUS$ 2 bilhões no período e afretamento de 40 novas embarcações de apoio para renovação dafrota de suporte às atividades de E&P.

No segmento de Fertilizantes, o principal projeto de investimento é a conclusão da Unidade deFertilizantes Nitrogenados (UFN-III), em Três Lagoas (MS). Para os demais ativos, que são asFábricas de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia e de Sergipe (Fafen-BA e Fafen-SE, respectivamente)e a Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA), o foco dos investimentos é na continuidade operacional.

Além disso, a Petrobras dispõe de recursos destinados a estudo e pesquisa para projetos emPetroquímica, reafirmando seu interesse nesse segmento, considerando o potencial de geração devalor e sinergias com suas operações atuais.

Gás e Energias de Baixo Carbono Estão planejados investimentos de US$ 4 bilhões na Carteira emImplantação Alvo do segmento de Gás e Energias de Baixo Carbono (G&EBC). Em gás natural, osprojetos visam a aumentar a oferta de gás nacional por meio da produção própria e desenvolvernovos produtos comerciais competitivos. A Petrobras mantém a intenção de instalar novas usinastermelétricas (UTEs) no Complexo de Energia Boaventura, em Itaboraí (RJ), sendo a implementaçãodesses projetos condicionada ao sucesso em leilões futuros de reserva de capacidade de energia. EmEnergias de Baixo Carbono, serão priorizados, neste quinquênio, etanol, biodiesel, biometano,diesel R, SAF e biobunker, em linha com o avanço regulatório e o mercado, aproveitando assinergias com as operações da companhia. Em relação às cadeias de etanol, biodiesel ebiometano, a Petrobras buscará atuar nos segmentos preferencialmente por meio de parceriasestratégicas minoritárias ou com controle compartilhado, com players relevantes do setor.Adicionalmente, a Petrobras continua a buscar parcerias para projetos de energia solar fotovoltaicae eólica onshore, com o objetivo de capturar oportunidades comerciais e ampliar sua capacidade deautogeração de energia renovável. A companhia também segue avaliando projetos em Carbon Capture,Utilization and Storage (CCUS), Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono e Armazenamento de Energia,além do projeto de Corporate Venture Capital (CVC). Transição energética Considerando todas asiniciativas de baixo carbono (escopos 1, 2 e 3), o investimento em transição energética alcançaUS$ 13 bilhões, englobando projetos em Energias de Baixo Carbono, bioprodutos, ações paradescarbonização das operações e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) presentes em todosos segmentos. Esse montante representa 12% do investimento Total e 8% do investimento emImplantação.

Em relação aos compromissos de descarbonização (escopos 1 e 2) estabelecidos no Plano anterior,o compromisso de reinjeção de CO2 em projetos de Carbon Capture, Utilization and Storage (CCUS) seencerra em 2025, com a perspectiva de atendimento da meta de 80 milhões tCO2 este ano. Os demaiscinco compromissos permanecem com metas até 2030, a saber: – Redução das emissões absolutasoperacionais totais em 30% em relação a 2015 – Zero queima de rotina em flare – Intensidade deGases de Efeito Estufa (GEE) no E&P de 15 kgCO2e/boe – Intensidade de GEE no Refino de 30kgCO2e/CWT3 – Intensidade de emissões de metano no segmento upstream de 0,20 t CH4/mil thidrocarboneto No que se refere às ambições associadas à redução da pegada de carbono, estãomantidas (i) a busca pela neutralidade das emissões operacionais até 2050 e (ii) Near Zero Methane2030, alinhada à iniciativa Aiming for Zero Methane Emissions, promovida pela Oil and Gas ClimateInitiative (OGCI), da qual a Petrobras é signatária. A ambição relacionada ao patamar deemissões foi ajustada para (iii) manter as emissões anuais abaixo de 55 milhões tCO2e até 2030.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

Copyright 2025 – Grupo CMA

Voltar ao topo