Portfólio otimizado impulsiona resultados operacionais no segundo trimestre de 2025; ação recua

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São Paulo, 30 de julho de 2025 – A Motiva (ex-CCR) reportou lucro líquido ajustado de R$ 398milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 3,2% ante o lucro de R$ 411 milhões no mesmoperíodo do ano anterior. A receita líquida ajustada foi de R$ 3,563 bilhões no trimestre, alta de2,2% na base anual. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)ajustado totalizou R$ 2,094 bilhões no segundo trimestre, 4,2% maior que o visto no mesmo períododo ano anterior. A margem ebitda ajustada cresceu 1,2 ponto percentual, para 58,8%.

Às 10h50, a ação da companhia recuava 1,05%, a R$ 12,20.

A Genial Investimentos disse que o resultado desse trimestre não representa a figura esperada dacompanhia ainda, justamente por um segmento rodoviário ainda em processo de otimização.”Acreditamos que três fatores, a serem destravados, devem impulsionar a companhia em receita: umportfólio de tráfego ainda volátil, com saída de uma concessão (ViaOeste), ramp-up de outrasduas e otimização ainda em materialização da MSVia (que deve colaborar no médio e longo-prazo).Em nossa visão, esse é o aviso sonoro do vão entre o trem a plataforma, que a companhia seencontra durante o seu processo de otimização”, explicou a Genial, que manteve recomendação decompra, com preço-alvo de R$ 18/ação.

A corretora ressaltou ainda que a eficiência da companhia é reiterada com a boa performance deativos non-core (aeroportos e relativa estabilidade em mobilidade). “Entendemos que as iniciativasde eficiência operacional (meta de 35% OPEX Caixa/Receita Líquida até 2035) devem ser mais umsuporte sólido a um CAGR 25-27E de 11% em EBITDA. Em nossas estimativas, MOTV3 negocia a uma TIRReal de 11% e 5,7-5,1x EV/EBITDA em 25E-26E”, concluiu.

O BTG Pactual diz que permanece otimista em relação às mudanças estruturais de longo prazo queestão sendo implementadas pela nova equipe de gestão da Motiva, diante do cenário de umapossível queda das taxas de juros no Brasil. “Nos níveis atuais, a Motiva está sendo negociada auma avaliação atraente, com uma TIR real de 12,2%, oferecendo um equilíbrio atraente entre riscoe retorno. Olhando para o futuro, esperamos que o mercado se concentre em alocação de capital,reciclagem de capital e alavancagem e na curva de juros de longo prazo”, apontou o BTG, que manteverecomendação de compra, com preço-alvo de R$ 17/ação.

A XP Investimentos destacou o aumento da alavancagem de 3,6x no 1T25 para 3,7x dívidalíquida/EBITDA, devido ao aumento dos investimentos no trimestre. O índice deve permanecer elevadono curto prazo devido ao efeito contínuo do pagamento da taxa das novas concessões, enquanto oEBITDA ainda não está totalmente consolidado.

Ao manter a recomendação de compra, a corretora destacou o desempenho sólido do Ebitda em todosos segmentos operacionais, impulsionado pela redução de despesas, principalmente relacionadas àdescontinuação das operações da Barcas e ViaOeste; compromisso de capex elevado para R$45,1bilhões (+30% trimestre a trimestre), refletindo a inclusão da concessão PRVias e a nova emendadas Linhas 8 e 9.

Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)

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