São Paulo, 3 de dezembro de 2025 – Em entrevista concedida à TV Verdes Mares, do Ceará, nestaquarta-feira, 3 de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva detalhou os esforços doGoverno do Brasil para enfrentar o crime organizado. Ele destacou a necessidade de cooperaçãointernacional, sobretudo com os Estados Unidos, e a aposta em ações de inteligência no lugar daviolência. A entrevista ocorreu em Fortaleza, durante visita do presidente ao Ceará para umasérie de anúncios e entregas.
Lula reforçou que o combate ao crime organizado e ao narcotráfico foi um dos temas da conversatelefônica que teve na terça (2/12) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Disse a eleque estamos dispostos a trabalhar juntos para combater o crime organizado na fronteira, ondeestiver. O crime organizado é um atraso para qualquer sociedade. É uma violência contra aeconomia dos estados, contra a liberdade, registrou.
DESAFIO GLOBAL Durante a entrevista, Lula afirmou que o combate às facções criminosastranscendeu as fronteiras nacionais e se tornou um desafio global. “Hoje, as facções criminosascompetem com o Estado. Elas têm drone, inteligência, coisas que, muitas vezes, as forçaspoliciais não têm. Nós vamos assumir esse combate de corpo e alma, disse o presidente.
SEGURANÇA PÚBLICA Na esfera interna, Lula enfatizou que o Governo do Brasil trabalha parafortalecer a Polícia Federal e redefinir o papel da União no combate à criminalidade, hoje umaatribuição em grande parte dos estados. Ele citou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) daSegurança Pública que trata do tema e está em discussão no Congresso Nacional. O caminho éesse: estamos fortalecendo a Polícia Federal. Na medida em que a PEC for aprovada, ela vai dizerqual é o papel da União no combate à violência criminal no Brasil, explicou Lula.
PARCERIA E INVESTIMENTOS Com o novo marco constitucional, segundo o presidente, será possívelampliar investimentos, reforçar a presença em fronteiras e estabelecer parcerias internacionais. Agente vai poder fazer muito mais, inclusive colocar mais dinheiro para reforçar a Polícia Federalnas fronteiras, fazer convênio com outros países vizinhos. Vamos utilizar a inteligência quetemos, dos países que fazem fronteira com o Brasil, dos Estados Unidos e de outras partes do mundopara que a gente possa jogar pesado para derrotar facções criminosas, crime organizado enarcotráfico, declarou.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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