BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) na madrugada deste sábado (22) ocorreu por causa da vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho dele, em frente ao condomínio do ex-presidente, de acordo com informações da polícia.
Segundo essas informações, Bolsonaro foi preso para evitar que a aglomeração de pessoas dificultasse o cumprimento da ordem de prisão ao fim do processo da trama golpista. A prisão preventiva tem como objetivo garantir a ordem pública.
O ex-presidente foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 27 anos e três meses de prisão por liderar a tentativa de um golpe de Estado.
Flávio Bolsonaro convocou pelas redes sociais uma vigília, à partir de sábado à noite, em frente ao condomínio do ex-presidente. Ele pediu orações e, com referências bíblicas, afirmou que era preciso pedir a Deus que aplique a sua Justiça.
“Você vai lutar pelo seu país ou assistir tudo aí do celular, da sua casa? Eu te convido a lutar com a gente”, disse.
A prisão deste sábado ainda não é o cumprimento da pena, que depende do julgamento dos recursos finais de Bolsonaro.
O presidente foi encaminhado à superintendência regional da Polícia Federal em Brasília, após a Polícia Federal buscá-lo em sua casa em Brasília, onde já cumpre prisão domiciliar pelo descumprimento de medidas restritivas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O ex-presidente ficará preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal, em espaço com cama, banheiro privativo e uma mesa de trabalho.
A sala na sede regional da PF em Brasília é reservada a autoridades e outras figuras públicas, caso do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, preso no ano passado por posse ilegal de arma de fogo durante operação da PF sobre a trama golpista.
Políticos de peso envolvidos em escândalo no passado entre outros, o senador Delcídio do Amaral (MS), o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e o então juiz João Carlos Rocha Mattos já foram abrigados na superintendência.