Produção no segundo trimestre de 2025 mantém crescimento; ação recua

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São Paulo, 30 de julho de 2025 – A produção total operada no Brasil e no exterior de petróleo,líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 4,189 milhões de barris deóleo equivalente por dia (boed) no segundo trimestre deste ano, alta de 12,1% na comparaçãoanual. Já produção total foi de 2,909 milhões de boed, 7,8% acima do 2T24 e um aumento de 5% emcomparação ao 1T25.

Às 10h, as ações da companhia recuavam 0,11% (ON) e 0,12% (PN), a R$ 35,52 e R$ 32,39,respectivamente.

No Brasil, a produção foi de 2,879 milhões de boed, crescimento de 8,1% na comparação com omesmo período de 2024. No exterior, a produção foi de 31 mil boed, baixa de 8,8% na mesma base decomparação. No pré-sal, onde a empresa é dona natural e tem como foco, a estatal produziu 1,974milhões de barris por dia (bpd), alta de 8,8% na comparação anual, e 6,5% superior à dotrimestre anterior.

O volume de vendas total de derivados foi de 1,714 milhão de bpd no 2T25, alta de 0,8% nacomparação com o 2T24. Ainda na área de refino, o volume de produção total foi de 1,730 milhãode bpd no período, queda anual de 0,8%. As vendas de gasolina no 2T25 registraram crescimento de1,5% em relação ao 1T25, principalmente pelo aumento da demanda total de combustíveis do cicloOtto e maior participação da gasolina frente ao etanol entre períodos.

No semestre, a produção total operada da Petrobras no Brasil e no exterior de petróleo, LGN egás natural alcançou 4,084 milhões de boed, alta de 7,6% na comparação anual, enquanto o volumetotal de vendas da Petrobras totalizou 2,922 milhões de bpd, 0,1% abaixo do primeiro semestre de2024.

Segundo a Genial Investimentos, o resultado positivo, com a estatal alcançando seu recorde deprodução, acima das estimativas de produção para 2025 (+5% vs 1T25). “A empresa segue sendo umcase com desconto estrutural em relação aos seus fundamentos , e com produção acelerando, nãovemos grandes motivos para acreditar que a generosidade em dividendos deva cessar mesmo em umambiente de preços menos interessantes vs 2025. Vamos aguardar o anúncio do resultado do 2T25 ever como a execução dos investimentos pode afetar o fluxo de caixa da cia e se a direção vaiacabar por decidir manter essa linha em patamares mais elevados”, explicou a Genial, que recomendamanter a ação, com preço-alvo de R$ 48.

A XP Investimentos ressaltou que a companhia continua o aumento sequencial da produção emrelação ao trimestre anterior. “Esperamos que essa tendência continue nos próximos trimestres,à medida que os principais FPSOs (180kbpd cada) continuam a aumentar, particularmente em Búzios,onde a Petrobras tem uma participação significativa (c. 89%) e um novo FPSO (P-78) saiurecentemente do estaleiro em Cingapura e deve iniciar a produção no segundo semestre. Mantemosnossas estimativas inalterada, com EBITDA de US$ 10,5 bilhões (-1% q/q), lucro líquido de US$ 4,8bilhões (-20% q/q), FCFE de US$ 2,6 bilhões e dividendos em torno de US$ 2,2 bilhões.

O BTG Pactual disse que mantiém uma visão mais positiva do que o consenso sobre a Petrobras,impulsionada por uma série de assimetrias favoráveis. Os dados operacionais do 2T25 reiteram essaposição, com a empresa a caminho de superar sua projeção de produção de petróleo para 2025.Enquanto isso, o Brent permanece abaixo das premissas do Plano de Negócios da Petrobras, mas acimado consenso, criando espaço para potencial postergação de investimentos e fluxo de caixa livre decurto prazo mais forte.

“Com um sólido dividend yield de cerca de 11%, potencial de alta em relação aos lucros, e asações ainda sendo negociadas com um desconto significativo em relação aos pares, continuamosvendo a Petrobras como uma das oportunidades de valor mais atraentes do setor”, concluiu o BTG, quemanteve recomendação de compra, com preço-alvo de US$ 20.

O Goldman Sachs prevê que a companhia deve alcançar no segundo trimestres deste ano um EbitdasAjustado recorrente de US$ 9,9 bilhões (3% abaixo do consenso da Bloomberg) e anuncieaproximadamente US$ 2,2 bilhões em dividendos ordinários (com base exclusivamente na política deremuneração aos acionistas da empresa). O banco de investimentos mantém recomendação de compra,com preço-alvo de R$ 38,70 (ON) e R$ 35,10 (PN).

A Ativa Investimentos disse que, no geral, os dados de venda e produção neste 2T25 forampositivos. No segmento de Exploração & Produção, a produção média de Óleo e LGN veio acimadas expectativas, enquanto a participação proporcional do pré-sal no mix avançou. No refino, asvendas evoluíram QoQ em função, sobretudo, da maior demanda por gasolina. Em Gás & Energia, acompanhia registrou maiores vendas de energia e gás.

“Para o 2T25, em E&P, a maior produção deve compensar os menores preços QoQ do Brent e manter osnúmeros do segmento ainda fortes. No refino, maiores vendas e a manutenção de um fator deutilização ainda alto devem ajudar, ainda que a importação de diesel tenha aumentadotrimestralmente. Já em G&E, observaremos resultados mais fortes na comparação QoQ em função demaiores vendas de energia, gás e menor importação”, comentou a Ativa, que mantém recomendaçãoneutra para a ação, com preço-alvo de R$ 44.

Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)

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