Queremos excluir mais produtos e avançar na negociação com os EUA (amplia)

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São Paulo, 21 de novembro de 2025 – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria,Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin sintetizou o anúncio do governo dos Estados Unidos derevogar a tarifa adicional de 40% para uma série de produtos agropecuários importados do Brasil,na quinta-feira (20): “a maior redução de tarifas foi o maior avanços nas negociaçõesBrasil-EUA”. O ministro concedeu entrevista a jornalistas na tarde desta sexta-feira.

Ele lembrou que, no início, o Brasil tinha 36% das suas exportações no tarifaço e, ontem, 238produtos tiveram as tarifas removidas, o maior avanço desde o início das negociações. Com isso,o percentual caiu para 22% de produtos que ainda estão com a taxação de 50%.

“Hoje temos nós temos 22% dos produtos da exportação brasileira, que ano passado foi de US$ 40bilhões. Outro fato importante é que retrocedeu a 13 de novembro. O governo americano vaireembolsar os produtos que foram exportados depois de 13 de novembro”, ressaltou.

O vice também destacou a menção ao diálogo com o presidente Luís Inácio Lula da Silva com opresidente dos EUA na ordem executiva da Casa Branca, e o trabalho no chanceler Mauro Vieira com osecretário de Estados dos EUA. “O presidente Trump ressaltou o bom diálogo que teve com opresidente Lula.”

Entre os produtos chave que ainda permanecem sobretaxados, Alckmin destacou alguns alimentos, comopescados, mel, uva, e industriais, como motores, máquinas e calçados e disse que espera avançarem novas tratativas.

Em relação às sanções a autoridades brasileiras, o vice disse que isso foi incluído na pautaentregue pelo presidente Lula à Trump. “O presidente fez os dois pleitos, de redução tarifária,por que os EUA têm superávit na balança comercial, tanto de serviços, quanto de produtos. DoG20, só 3 países têm superávit na balança, Reino Unido, Austrália e Brasil. E também colocoua questão da Lei Magnitsky, em relação ao ministros que foram afetados.”

Também está sendo tratada a investigação dos EUA em relação às big techs e ao Pix. “Otrabalho continua. As barreiras estão sendo vencidas. Abrimos mais um canal importante denegociação. O presidente Lula sempre destacou: diálogo e negociação. Queremos excluir maisprodutos e avançar na negociação.”

Alckmin disse que o programa Brasil Mais Soberano continua porque ainda há setores atingidos. “Àmedida que eles forem saindo é sempre uma proporção do faturamento. É uma relação entre ofaturamento que a empresa tem e quanto ela foi atingida. Inicialmente, era 5% do faturamento quetinha acesso ao crédito. São R$ 40 bilhões (R$ 30 bi mais R$ 10 bi) em crédito, mais o drawback,mas o Reintegra, mais a postergação do recolhimento de tributos. Depois isso foi reduzido para 1%.E uma outra medida foi não apenas o exportador, mas o fornecedor de insumos. O Brasil Mais Soberanotambém atende essas empresas, ampliou o escopo.”

O vice disse que ainda não há previsão de reuniões, mas disse que o presidente Lula, ontem (20)no Salão do Automóvel, em São Paulo (SP), convidou o presidente Trump a vir ao Brasil e secolocou a disposição para ir à Washington. “Não tem tema proibido”, disse Alckmin sobre a pautadas negociações, citando datacenters, Big Techs e terras raras.

Em relação à entrada do Uruguai no Tratado Integral e Progressivo de Associação Transpacífico(CPTPP, na sigla em inglês), um acordo comercial que reúne 15% do PIB global, segundo informou oMinistério das Relações Exteriores do país sul-americano nesta sexta-feira (21), Alckmin disseque o Mercosul engloba questões de livre comércio, com a entrada da Bolívia passando a ter 5países no bloco, e a união aduaneira. “Há que se respeitar o livre comércio e a uniãoaduaneira”, comentou.

Ele também destacou os acordos entre o Mercosul e Singapura, em 2023, com o Efta (a Islândia, oPrincipado de Liechtenstein, o Reino da Noruega e a Confederação Suíça), neste ano, e que emdezembro deve assinar com a União Europeia, além de negociações para ampliar linhas tarifáriasde preferência com o México e a India.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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