Secretário do Tesouro dos EUA atribui inflação da carne a imigrantes que entram no país com gado contaminado

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse neste domingo (16) que imigrantes ilegais são em parte responsáveis por infecções no rebanho bovino do país e que isso tem contribuído para a inflação da carne. Ele não apresentou evidências que sustentem a relação.

Em entrevista à Fox News, Bessent associou a alta nos preços a produtos contaminados que estariam entrando no país junto com pessoas pela fronteira com o México.

“Por causa da imigração em massa, uma doença da qual já tínhamos nos livrado na América do Norte chegou vinda da América do Sul. Esses migrantes trouxeram parte do seu gado com eles”, disse.

A afirmação foi feita depois de uma pergunta sobre a atual crise no custo dos alimentos. A apresentadora mencionou uma declaração recente dada por um executivo norte-americano da indústria, que alertou sobre o risco de a carne custar US$ 10 (R$ 52) por libra (equivalente a 450 gramas) a partir de 2026. Um dos motivos seria a redução no rebanho no país.

O preço da carne bovina nos Estados Unidos bateu recordes nas últimas semanas. Dados mais recentes do índice de preços ao consumidor indicam uma alta entre 12% e 18% na comparação com o ano passado.

Um dos motivos da pressão inflacionária é a diminuição do rebanho doméstico por causa de uma grave seca. Economistas também apontam a influência das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump a parceiros comerciais responsáveis por abastecer o mercado interno, como o Brasil.

O custo dos alimentos, inclusive, foi um dos motivos que levou Trump a anunciar, na sexta-feira (14), a redução das tarifas de importação sobre centenas de produtos, incluindo carne bovina, café e frutas.

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