SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Servidores públicos federais rejeitaram a proposta do governo federal de reajuste no valor do auxílio-alimentação e apresentaram nesta sexta-feira (24) uma contraproposta.
Servidores pedem reajuste de 35% sobre o valor atual de R$ 1 mil, o que representaria R$ 350 a mais no benefício. O aumento seria pago em duas parcelas de R$ 175, uma em dezembro deste ano e a outra, em abril de 2026.
Valor é o dobro do sugerido pelo MGI (Ministério da Gestão e Inovação), que propôs 17,5% de reajuste. Pela proposta do governo federal, o benefício passaria a ser de R% 1.175 mensais. A sugestão foi apresentada pela pasta, em reunião na quarta com a Mesa Nacional de Negociação Permanente, que reúne entidades representativas do funcionalismo público.
Servidores também querem reajustes em outros benefícios. Na contraproposta enviada ao governo, as categorias pediram aumento de 20% no auxílio-creche e 30% em assistência em saúde, ambos a serem pagos a partir de abril do ano que vem, além de reajuste nas diárias pagas aos trabalhadores durante viagens.
Presidente de fórum que representa as carreiras de Estado disse que a contraproposta é “bastante razoável”. “Testa a disposição do governo em realmente negociar”, afirmou Rudinei Marques, do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).
Governo destaca que proposta do governo traria reajuste acumulado de 156,55% desde 2023 no auxílio-alimentação. “Quando o atual governo assumiu, em 2023, o auxílio-alimentação estava congelado havia seis anos”, diz nota publicada pelo MGI.
Impacto financeiro do aumento, nos cálculos da gestão federal, seria de R$ 1,1 bilhão em 2026. Segundo o governo, a proposta reforça o “compromisso do governo tanto com melhora das condições de vida e trabalho dos servidores, como com a responsabilidade fiscal”.
Em 2023, os servidores e o governo fecharam acordo de reajustes escalonados nos salários até 2026. Com isso, neste momento, as negociações estão apenas em cima dos benefícios. Uma nova mesa de negociação entre o Executivo e o funcionalismo público está marcada para o dia 6 de novembro.