Porto Alegre, 10 de julho de 2025 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que a tarifaimposta pelos Estados Unidos ao Brasil não se justifica, “menos ainda sob o ponto de vistaeconômico”. Ele lembrou que os Estados Unidos mantêm superávit comercial junto ao Brasil. “Quempoderia estar pensando era o Brasil. E não está”, completou.
Segundo o ministro, esse tipo de retaliação político-ideológica é contraproducente. “Os povosbrasileiros e americanos se dão muito bem”, completou. Haddad disse que há um Grupo de Trabalhoque vai discutir a lei de reciprocidade e que os canais de negociação estão abertos.
“Seria bom que os setores extremistas se desmobilizassem nos Estados Unidos. A extrema direitabrasileira está envolvida neste ataque estrangeiro ao Brasil e deve corrigir o estrago que fez”,afirmou, acrescentando que o governo deve agir de forma diplomática nas próximas semanas.”Independente do impacto econômico, queremos ter boa relação com os Estados Unidos. Não queremosprejuízo de ninguém”.
O ministro reafirmou que não se pode misturar ideologia com economia. “Há um filho doex-presidente Bolsonaro nos EUA celebrando a decisão e ameaçando o Brasil com novas decisões apartir de 1o de agosto. Ele está declarada mente agindo contra o interesse nacional”.
Haddad disse que há uma série de alternativas – incluindo medidas não tarfárias – sendoestudadas pelo Grupo de Trabalho. “Não significa que serão acionadas. Atá lá, espero que tudoesteja contornado”, completou. “É um grande mal entendido que serve ao interesse de apenas umindivíduo”.
O ministro preferiu não comentar o texto do projeto de isenção que do IR está sendo lido pelorelator Arthur Lira na Cãmara. “Em respeito a Lira, vou ler o que foi apresentado e depois memanifesto”. Sobre a reunião do dia 15 em torno do IOF, o ministro disse que mantém a posição deque o ato do presidente Lula é constitucional.
Dylan Della Pasqua / Safras News
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