SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Goldman Sachs disse que a taxa efetiva dos EUA sobre todas as importações brasileiras será de 30,8%, seis pontos percentuais abaixo de um cálculo anterior, após contabilizar a lista de 694 isenções publicada pela Casa Branca nesta quarta-feira (30).
“Nossos cálculos sugerem que as isenções listadas no decreto reduzem o aumento esperado na taxa efetiva dos EUA sobre todas as importações brasileiras em 6 (pontos percentuais), para ainda altos 30,8%”, disse o Goldman em nota a clientes na noite desta quarta-feira.
O Goldman afirmou ainda que o efeito tarifário no PIB (Produto Interno Bruto) teria um impacto negativo de 0,15 ponto percentual em sua linha de base, mas que não estava fazendo nenhum ajuste em sua previsão de crescimento econômico dado o risco de a previsão atual estar “distorcida para cima”.
O presidente dos EUA, Donald Trump, publicou nesta quarta-feira o decreto com a sobretaxa de 50% sobre os produtos brasileiros, mas isentou 694 deles da cobrança da tarifa.
Destes, 565 estão relacionados ao segmento de aeronaves e 76 a petróleo, carvão, gás natural e seus derivados. Entre os alimentos, escaparam da taxação apenas castanhas-do-pará e polpa e suco de laranja. O café ficou de fora da lista de exceções.
A cobrança da tarifa entra em vigor em 6 de agosto. O mercado financeiro reagiu favoravelmente às exceções, com a Bolsa avançando 0,95%, a 133.989 pontos. O dólar fechou o dia em alta de 0,32%, cotado a R$ 5,588.