Porto Alegre, 14 de agosto de 2025 – Em teleconferência de resultados relativa ao segundotrimestre de 2025, o CEO Global da JBS destacou que os impactos das tarifas impostas pelos EstadosUnidos às exportações da carne bovina do Brasil foram pouco relevantes para a companhia. Seolharmos somente para a Friboi no Brasil, o impacto não é relevante e foi sentido em algumasplantas específicas que exportavam um pouco mais aos Estados Unidos, avalia.
Tomazoni enfatiza que a possibilidade que a JBS possui de poder redirecionar a produção deplantas do Brasil a outros mercados ajudaram a mitigar os impactos das tarifas. Mas se pensarmos nofuturo, é muito cedo para estimar que impacto real pode ser sentido. Isso vai depender de como omercado global vai se conectar. Talvez alguns países substituam compras por produtos brasileiros,prospecta.
Olhando pelo ponto de vista dos Estados Unidos, o CEO da JBS USA, Wesley Batista Filho, afirmouque o país há um bom tempo vinha importando carne bovina do Brasil, especialmente moída, mas queainda é difícil mensurar nesse momento como ficará o quadro. Os Estados Unidos ainda possuemestoques de carne bovina vindos do Brasil. O fato que precisa ser salientado é que o preço dacarne bovina deverá subir ainda mais no mercado doméstico norte-americano, bem como nos cortes quevierem a ser importados pelo país, sinaliza.
Mercado dos EUA segue desafiador
Wesley salienta que o cenário para o mercado de carne bovina nos Estados Unidos seguedesafiador, uma vez que os preços do gado ainda seguem muito elevados. Talvez o pior quadro doatual ciclo nos Estados Unidos seja sentido no terceiro e no quarto trimestre deste ano. Não háainda uma perspectiva de mudança para a pecuária norte-americana, uma vez que a menor oferta degado traz desafios maiores no curto prazo, prospecta.
Cenário para carne bovina no Brasil deve seguir promissor
Tomazoni enfatizou que o cenário para a carne bovina no Brasil deve seguir promissor. A Friboiteve um crescimento forte em volume de vendas e em dividendos, mesmo perdendo um pouco de suasmargens com a alta do preço da arroba, que acabou sendo compensada pelo volume maior deexportações, explica.
Em termos de ciclo pecuário, Tomazoni também observa o cenário à frente com otimismo. Osetor da pecuária está se transformando, pois está aumentando os confinamentos, reduzindo a idadede abates dos animais. O confinamento leva a melhoria da genética, do uso de rações provenientesde subprodutos do etanol, e essa mudanças vão ajudar a melhor a produção e a trazer boasmargens. Temos um bom cenário para a pecuária brasileira no restante de 2025 e, também, em 2026,conclui.
Arno Baasch – arno@safras.com.br (Safras News)
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