São Paulo, 12 de agosto de 2025 – As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros(DIs) caem sob impacto do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho melhor queo esperado com potencial de retomada de corte de juros por aqui.
Tanto a comparação mensal quanto o acumulado de 12 meses ficaram abaixo das projeções de0,36% e 5,34%, conforme dados coletados pelo Termômetro Safras.
Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, disse que o bom humor do mercado reflete a inflaçãooficial do País melhores que o esperado.
“O dado reforça a tese de desinflação e, em conjunto com o ambiente internacional maisfavorável, contribuiu para queda dos juros futuros, refletindo a percepção de um cenário maiscontrolável para a inflação e, potencialmente, um espaço para a retomada do ciclo de cortes daSelic, embora a inflação continue consideravelmente acima da meta do BC”.
Para o economista-chefe da Ativa Research, Étore Sanchez, “no fim, entendemos que a surpresabaixista e o bom desempenho dos núcleos devem levar o mercado a revisar mais fortemente asexpectativas para baixo, movimento que tende a se refletir nos juros. Por ora, mantemos nossaprojeção preliminar de 4,7% para o IPCA de 2025”.
Já o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, diz que “embora os dados recentesindiquem moderação e tragam algum alívio, a convergência da inflação para a meta ainda demandaprudência e firmeza do Banco Central. A ata do último Copom registrou surpresas baixistas frenteàs projeções de mercado, mas a inflação de serviços segue elevada e os núcleos permanecemacima do nível compatível com a meta, sinalizando pressão de demanda e a necessidade de manter apolítica monetária contracionista por um período prolongado. Em nosso cenário base, mantemos aexpectativa da taxa de juros encerrar este ano em 15,0%”.
Por volta das12h35 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,895% de14,900% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,945%, de 14,070%, o DIpara janeiro de 2028 ia a 13,160%, de 13,310%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,040% de13,190% na mesma comparação. O dólar caía 0,85%, cotado a R$ 5,3962.
Soraia Budaibes e Paulo Holland (Safras News)
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