São Paulo, 8 de dezembro de 2025 – O governo de Donald Trump intensificou os esforços paraconter a disparada dos preços da carne bovina, que atingiram níveis recordes devido à baixaoferta e forte demanda. A Casa Branca reuniu altos assessores, autoridades estaduais erepresentantes da indústria para discutir soluções, enquanto o presidente também pediuinvestigações antitruste sobre possíveis práticas anticoncorrenciais no setor de alimentos. Aqueda histórica no número de cabeças de gado – consequência de anos de dificuldades financeiraspós-pandemia – é um fator central para o aumento contínuo dos preços. As informações são daagência de notícias “Dow Jones”.
Uma força-tarefa interna discute medidas como reabrir a fronteira para importações de gadomexicano e aumentar a compra de carne de países como Argentina. O governo afirma adotar umaabordagem ampla envolvendo várias agências, apoiando pequenos frigoríficos e flexibilizandoregulamentações para tentar aumentar a oferta. Paralelamente, pecuaristas, embora lucrando mais,afirmam que não podem reduzir preços no curto prazo devido ao longo ciclo de reconstrução dosrebanhos.
Grupos de pecuaristas, especialmente a influente R-Calf, pressionam o governo por menosimportações e maior fiscalização sobre grandes empacotadoras, além de regras mais rígidas derotulagem. O relacionamento de Trump com esses produtores ficou tenso após o presidente dizer queos preços precisam cair e defender importações adicionais. Ainda assim, a administraçãocontinua dialogando com vários segmentos da cadeia produtiva.
Do lado dos frigoríficos, empresas como Tyson, JBS, Cargill e National Beef enfrentaminvestigações antitruste e condições operacionais difíceis, reagindo com cortes de produção efechamento de plantas. Executivos afirmam que eles também são impactados pelos custos elevados edefendem que a maior entrada de gado e carne importada é essencial para aliviar a oferta.Entretanto, com múltiplas pressões políticas, econômicas e regulatórias, o caminho para reduziros preços da carne bovina permanece complexo e sem soluções rápidas.
Vanessa Zampronho / Safras News
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