Volátil, Bolsa tem leve alta em meio aos impactos sobre decisão de Dino, foco no simpósio de Hole e espera por ata do Fed

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São Paulo, 20 de agosto de 2025 – Em sessão volátil, a Bolsa tem leve alta ainda em meio aosimpactos da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, e na expectativa para osimpósio de Jackson Hole, na sexta-feira, com possíveis sinalizações do banco central americanoa respeito do corte de juros por lá em setembro.

Somado a isso, a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco centralnorte-americano) fica no radar. O tom do mercado ainda é de cautela.

Mais cedo, foi divulgada a pesquisa Genial/Quaest que mostrou melhora na popularidade dopresidente Lula. A aprovação do pestista cresceu de 43% para 46% e a desaprovação caiu de 53%para 51% de desaprovação. Isso se deve à queda da inflação e ao tarifaço de Donald Trump.

As ações do Itaú (ITUB4) subiam 0,46%. Bradesco (BBDC3 e BBDC4) subia 0,88% e 0,82%. Banco doBrasil (BBAS3) tinha alta de 0,10% e BTG Pactual (BPAC11) perdia 0,64%.

Às 12h46 (horário de Brasília), o principal índice da B3 subia 0,26%, aos 134.786,34 pontos.O Ibovespa futuro com vencimento em outubro tinha ganho de 0,67%, aos 137.360 pontos. O girofinanceiro era de R$ 6,4 bilhões. Em Nova York, os índices operavam mistos.

Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, disse que o tom é de cautela na Bolsa em diade volatilidade com as decisões de Flávio Dino e o exterior fazendo preço.

“A Bolsa é marcada por volatilidade e está sendo pautada pelas repercussões dos impactossobre a decisão [na segunda] de Flávio Dino [ministro do STF]. Essa alteração traz um pouco deinsegurança jurídica e a sensação do investidor é que as regras podem ser alteradas a qualquermomento. O mercado está silenciado para ver como vai ser esse desdobramento. A precificação [danotícia] ocorreu ontem, mas continua fazendo preço hoje em forma mais de cautela. Outro ponto é oSimpósio de Jackson Hole, e acredito que até está pesando mais. O mercado está olhando para versinalizações do Fed, se vai ter ou não corte [de juros] em setembro. Vejo cautela no mercadointernacional -EUA e Europa- e a falta de apetite por lá contagia aqui. Os investidores tambémestão de olho na ata [do Fed]. Apesar de estar precificada, pode trazer surpresa. Dessa forma émelhor espera e manter a cautela”.

Jason Vieira, economista-chefe da Lev Asset Management, informou em boletim matinal, que odestaque fica para “a ata do Fed de julho, que sai hoje às 15h, com dois votos divergentes, Waller[Christopher] e Bowman [Michelle] pela 1 vez desde 1993. O mercado digere a pesquisa Genial/Quaestque apontou que a aprovação do governo Lula subiu a 46% (jul: 43%), desaprovação recua a 51%(jul: 53%). 77% veem tarifas de Trump como prejudiciais. Os bancos avaliam encerrar contas desancionados da Magnitsky [Lei] para evitar choques com STF; ministros rejeitam proposta detransferir recursos a cooperativas. O clima entre STF, bancos e governo se agrava com proximidade dojulgamento de Bolsonaro”

Marianna Costa, economista-chefe da Mirae Asset, informou em boletim matinal que “os agenteseconômicos aguardam a divulgação da ata da reunião de julho do Banco Central dos EUA (Fed) efala do dirigente do Fed, Christopher Waller, um forte candidato a assumir a presidência nopróximo ano. No Brasil, dia de agenda econômica esvaziada, e com o foco nas movimentações emBrasília. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de Seminário do ministério, com falaprevista para as 14h, eo presidente Lula volta a se reunir com ministros e presidentes de bancospúblicos nesta quarta-feira”.

Soraia Budaibes – soraia.budaibes@cma.com.br (Safras News)

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