RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A 99Food começa a operar em fase de testes no Rio de Janeiro, em oito cidades da região metropolitana –incluindo a capital–, com pagamento de R$ 250 por dia a entregadores e ajustes na parceria com restaurantes ante o pacote oferecido em São Paulo e Goiás (GO).
A empresa vai pagar R$ 250 por dia para motociclistas que fizerem 20 viagens pelo app, desde que cinco sejam no delivery. No estado, a empresa também oferece serviço de mototáxi.
Para restaurantes, haverá duas opções de pacote, uma com custo zero, como em SP, desde que o preço oferecido ao cliente seja o mesmo no restaurante e no delivery. A outra é um pacote com taxas reduzidas, para que o empresário possa fazer preços diferenciados conforme a estratégia do seu negócio.
“É uma taxa competitiva mais baixa, e opções para que os donos dos restaurantes consigam escolher. A operação é flexível. Os restaurantes têm suas estratégias de negociação, que fazem parte da realidade deles”, afirma Simeng Wang, diretor geral da 99 no Brasil.
“Somos a única plataforma que oferecer essa liberdade para o restaurante escolher sua estratégia”
O início das operações faz parte das expansões da empresa DiDi -chinesa dona da 99- no Brasil. A empresa planeja investir R$ 350 milhões para voltar ao mercado de delivery, que deixou em 2020. O total investido chegará a R$ 2 bilhões até junho de 2026, estima o aplicativo.
Segundo Wang, o Rio de Janeiro é o segundo maior mercado da empresa no país, com destaque para o número de motociclistas cadastrados, o maior entre todas as cidades brasileiras.
A expansão da 99Food na região já cobre a capital e municípios da Baixada Fluminense como Niterói, São Gonçalo e Nova Iguaçu, com mais de 17 mil restaurantes parceiros e 100 mil entregadores cadastrados, sendo 50 mil deles novos entregadores atraídos pela operação de delivery.
Para os consumidores, a 99Food também prepara a oferta de cupons. São 99 para ser utilizados no app por período indeterminado para novos cadastrados.
No caso dos restaurantes, a partir da experiência do Rio de Janeiro, Wang diz que a empresa vai oferecer a mesma opção de dois pacotes para São Paulo e Goiás. Ele também afirmou que o investimento de R$ 2 bi até junho de 2026 anunciado após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em setembro é para levar as operações da empresa há mais de cem cidades.
O aplicativo já ultrapassou 1,4 bilhão de corridas em 2024 e tem mais de 3 milhões de contas ativas. A operação de delivery de alimentos teve início em agosto deste ano em Goiânia, seguida por São Paulo, e agora está em plena expansão para outros centros urbanos.
GUERRA DOS APPS
Wang destacou que a 99 é a única empresa no Brasil a integrar três modais em um só aplicativo: transporte por carro, entregas via 99Moto e agora comida por app. Luis Felipe Gamper, diretor de logística da 99, afirma que essa integração faz com que haja vantagem na hora de oferecer o serviço ao entregador.
Segundo ele, há uma flexibilidade de horários de trabalho, já que, com entrega de comida, de itens e transporte, o app da 99 tem um pico de trabalho entre 7h e 22h. No caso do delivery, os pedidos se concentram em sexta, sábado e domingo.
“Há muitos picos de demanda ao longo do dia, e motociclistas têm flexibilidade de conseguir monitorar o horário que ele quer”, afirma.
Os investimentos da 99 se intensificaram neste ano, na chamada guerra dos apps, com a entrada da Meituan, também chinesa, para operar delivery no Brasil. Com isso, 99Food, Rappi e iFood, detentor de 80% do mercado hoje, têm oferecido diversas promoções aos consumidores e parcerias com restaurantes e motoentregadores.
