EY: pesquisa mostra que 76% dos brasileiros pensam mais antes de comprar e priorizam comida e itens domésticos

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De janeiro de 2022 a janeiro de 2024, o número de brasileiros preocupados com o custo de vida caiu de 73% para 58%
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  • Estamos dispostos a pagar mais por produtos saudáveis (52%), de maior qualidade (49%) e sustentáveis (41%)
  • Entre os jovens, o segundo fator mais importante nas compras é o preço (43%), seguido de saudabilidade (39%) e sustentabilidade (32%)
Por Victor Marques Compartilhe: Ícone Facebook Ícone X Ícone Linkedin Ícone Whatsapp Ícone Telegram

Os brasileiros estão consumindo de maneira mais consciente. É o que mostra a pesquisa Future Consumer Index, da consultoria EY, que mostrou que 76% dos consumidores brasileiros dizem que pensarão mais antes de comprar. A maioria dos entrevistados disse que deve gastar mais em compras domésticas com comida fresca (43%), itens de higiene pessoal (32%) e de limpeza para casa (24%). Por outro lado, vão gastar menos com cigarros (61%), itens de luxo (55%), bebidas alcoólicas (44%) e esportes e equipamentos fitness (49%). “A diminuição de gastos está focada em supérfluos como itens de esporte, de tíquete alto, delivery e eletrônicos”, afirmou a consultoria em seu relatório. “Por outro lado, itens como comida fresca, cuidado pessoal, produtos de higiene e para casa terão os gastos mantidos ou ampliados.”

A EY analisa que é um momento de recuperação das finanças pessoais dos brasileiros – 48% dizem estar gastando menos em itens não essenciais. “Apesar da situação econômica delicada e do alto custo de capital, a perspectiva de melhoria dos consumidores é crescente”, disse no relatório. “A menor percepção com o aumento da inflação é um indicativo de que o avanço está próximo, o que é reforçado pela queda da taxa de juros e do desemprego.”

Segundo a consultoria, estes fatores macroeconômicos suportam a diminuição da preocupação dos brasileiros com o custo de vida e as necessidades de casa. De janeiro de 2022 a janeiro de 2024, o número de brasileiros extremamente preocupados com o custo de vida caiu (de 73% para 58%), movimento que também aconteceu para a quantidade de brasileiros extremamente preocupados com os custos de necessidades domésticas (72% para 61%).

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Também estão dispostos a pagar mais por produtos saudáveis (52%), produtos de maior qualidade (49%) e de maior sustentabilidade (41%). Estima-se que os consumidores estejam dispostos a pagar até 20% a mais por um produto saudável. “Esse cenário gera oportunidades para criação de valor agregado pela oferta de produtos premium.”

DIFERENÇAS – No entanto, os perfis de consumo são variados de acordo com a classe de renda e geração. A qualidade é o fator mais importante para todas as demografias, porém, entre os jovens, o segundo fator mais importante é o preço (43%), seguido de “saudabilidade” (39%) e sustentabilidade (32%). Já entre os mais velhos, a saudabilidade é a segunda maior preocupação (45%), seguida de preço (38%) e sustentabilidade (37%). “Isso é tido como consequência direta do alto desemprego na população mais jovem pós-covid”, disse a EY.

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