O mercado de startups é composto majoritariamente por homens, de acordo com estudos como o Mapeamento do Ecossistema de Startups de 2023, feito pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Mas Erica Fridman, cofounder da Sororitê, um fundo de investimentos que nasceu com o objetivo de financiar negócios de mulheres, quer contribuir para mudar a estatística. A rede de investidoras-anjo é formada por mulheres que alocam dinheiro de forma coletiva através de um fundo de R$ 25 milhões. Em entrevista ao DC News Talks, Erica disse que este primeiro fundo está disponível para 22 startups. Algumas já em andamento. “É inédito. Infelizmente somos o único fundo com essa tese no Brasil.” A Sororité já projeta um segundo fundo no futuro.
Além de atuar como venture capital, outro objetivo é promover conexões. O networking é um dos principais desafios, já que muitas mulheres não têm acesso às mesmas redes de contatos tradicionalmente dominadas por homens. Para isso, a Sororitê promove eventos de networking exclusivos para mulheres. “A mulher não acha um lugar confortável para fazer essa troca, e esse é um papel que também nos prestamos”, afirmou.
Entre os investimentos já realizados pela Sororitê, ela destacou a Trevo Saúde, uma healthtech fundada por uma médica. A empresa desenvolveu uma solução tecnológica para conectar pessoas que não têm plano de saúde, mas podem pagar por exames particulares, a laboratórios com preços negociados. Na avaliação de Erica, as startups lideradas por mulheres são bem organizadas. “As mulheres são muito mais cuidadosas com dinheiro.” Confira a entrevista.