"Sodiê vai produzir chocolates em 2025", diz Fábio Araújo, general manager

  • Fundada há 27 anos por Cleusa Maria da Silva em Salto (SP), num espaço de 20 metros quadrados, hoje empresa tem 400 unidades e lojas nos EUA
  • "Não trabalhamos com bolos congelados. Nossas frutas, leites e outros insumos são frescos, com validade de três dias”
Por Bruna Lencioni

Fundada por Cleusa Maria da Silva em 1997, a Sodiê Doces nasceu em um espaço de apenas 20 metros quadrados na cidade de Salto, interior de São Paulo. Cleusa, de origem humilde e ex-boia-fria, começou sua trajetória vendendo bolos de porta em porta. O negócio cresceu rapidamente e cinco anos depois, incentivada por um cliente, ela transformou sua loja em uma franquia, iniciando uma história de expansão que transformou a Sodiê na maior rede de bolos confeitados do Brasil, hoje com 394 unidades. Para 2025, a novidade é que a Sodiê vai entrar no mercado de chocolates, disse ao DC News Talks, o general manager da companhia, Fábio Araújo.

“Vamos produzir barras, trufas, tortas e outros itens de chocolate de altíssima qualidade, feitos com matéria-prima belga.” Para colocar o projeto de pé, os investimentos são de mais de R$ 10 milhões em uma nova fábrica, localizada ao lado da unidade de salgados, em Boituva (SP). Segundo ele, com a linha completa será possível atender a diferentes momentos de consumo. “A ideia é que a pessoa encontre tudo de que precisa quando entrar na loja, seja um bolo, uma sobremesa ou mesmo um chocolate”, disse.

Com quase 400 unidades espalhadas pelo país e duas lojas nos Estados Unidos, a Sodiê tem planos de chegar a R$ 1 bilhão. A companhia deve encerrar 2024 com faturamento de R$ 740 milhões, crescimento de 15% sobre o ano passado. Araújo afirma que essa evolução foi impulsionada por combinações como “o aumento no número de lojas, a ampliação do portfólio e a adaptação a novos modelos de negócios”. Entre os outros negócios lançados, que explicam a continuação da história bem-sucedida da marca, estão os quiosques e contêineres para atender locais menores, como escritórios e supermercados.

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Hoje, no portfólio predomina a oferta de bolos (são 114 tipos diferentes no catálogo), complementada por docinhos, salgados, bebidas quentes e geladas e bolos especiais para o público com algum tipo de intolerância. “A demanda por bolos sem açúcar, sem glúten e veganos cresce três vezes mais do que as categorias tradicionais”, disse Araújo. Além disso, a marca ainda expandiu suas linhas para pets. “Criamos um modelo que inclui bolos para cães e gatos, com direito a vela e embalagem especial.”

Araújo analisa que a essência do negócio permanece enraizada na ideia de bolos frescos, feitos nas lojas diariamente, apesar das novas apostas. “A função original da Sodiê continua em não abrir mão do seu DNA, que são os bolos e a qualidade, mesmo diante de desafios como aumento de custos ou mudanças no mercado.” O executivo diz que manter a qualidade e o padrão são as maiores obsessões da empresa. “Não trabalhamos com bolos congelados. Nossas frutas, leites e outros insumos são frescos, com validade de três dias”, afirmou. Nesta entrevista, o executivo ainda contou sobre as lições da marca, que garantem boa saúde financeira para a empresa, e sobre a importância da capacitação para a manutenção de um padrão linear que traz credibilidade.

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